Em 2020, poucas horas após a remoção pela Apple da App Store, o Fortnite também foi excluído da Play Store (Rafael Henrique/Getty Images)
Redator
Publicado em 13 de dezembro de 2025 às 09h58.
Mais de cinco anos depois, o Fortnite, título de battle royale (gênero de jogo multiplayer competitivo) da Epic Games, voltou a estar disponível na Play Store, do Google, nos Estados Unidos. O retorno ocorreu devido ao cumprimento de uma liminar da justiça federal dos EUA, disse a Epic na quinta‑feira, 11.
A volta do Fortnite à loja de aplicativos marca mais uma etapa na longa disputa entre a Epic e o Google, iniciada em 2020. Em agosto daquele ano, poucas horas após a remoção pela Apple da App Store, o jogo também foi excluído da Play Store.
Ambos os casos foram motivados pela decisão da Epic de introduzir um sistema de pagamento direto, que contornava o mecanismo de faturamento do Google (e da Apple) e suas taxas – geralmente em torno de 30% sobre compras dentro do app – prática considerada anticoncorrencial pela desenvolvedora.
Desde então, as empresas travam um embate jurídico centrado nas taxas e regras de distribuição da Play Store e da App Store. A Epic argumenta que elas limitam a competição e prejudicam desenvolvedores e usuários.
Recentemente, Epic e Google anunciaram ter chegado a um acordo para encerrar a disputa, embora os termos não tenham sido divulgados. A volta do jogo à loja, no entanto, decorre de uma determinação judicial. No final de outubro, o Google já havia sido obrigado, no mesmo processo, a autorizar que usuários norte-americanos baixassem aplicativos e realizassem pagamentos fora de sua loja oficial.
Via postagem no X (antigo Twitter), a Epic informou que continua trabalhando com o Google para obter aprovação judicial do acordo. A empresa também destacou que a disponibilidade do jogo fora dos EUA ainda não está definida: “Fiquem ligados para notícias sobre o retorno do Fortnite à Google Play no resto do mundo”, escreveu.
Além do Google e da Apple, a Epic também havia processado a Samsung, alegando que a fabricante de smartphones Android colaborava com o Google para bloquear marketplaces concorrentes. As partes fecharam um acordo em 7 de julho deste ano.