Tecnologia

O repelente high tech de Bill Gates

Fundação do milionário investe em projeto que usa laser para criar barreira de luz capaz de repelir mosquitos

A Bill and Melinda Gates Foundation investiu um milhão de dólares em pesquisa que pode combater a malária  (Win McNamee/Getty Images)

A Bill and Melinda Gates Foundation investiu um milhão de dólares em pesquisa que pode combater a malária (Win McNamee/Getty Images)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 7 de novembro de 2011 às 11h19.

São Paulo – Que Bill Gates está totalmente focado em projetos sociais com a Bill and Melinda Gates Foundation não é mais novidade para ninguém. Mas a última do fundador da Microsoft é, no mínimo, inusitada e muito mais relevante do que pode soar: investimento milionário em uma espécie de repelente high-tech contra o mosquito. Portanto, em breve talvez seja possível sonhar com um mundo tropical no qual é possível circular livremente durante o verão, sem ter que se submeter ao uso de repelentes grudentos e de aroma intrigantemente peculiar.

A Bill and Melinda Gates Foundation assinou esta semana um cheque no valor de um milhão de dólares para Szabolcs Márka, Físico e Professor da Universidade de Columbia, para o desenvolvimento de um repelente a laser capaz de enlouquecer os sensores dos fatais mosquitinhos responsáveis pela transmissão da malária. A doença que mata, anualmente, cerca de um milhão de pessoas, é uma das principais frentes de batalha da fundação da família Gates.

Mosquitos usam o calor e a luz como guia até sua presa - e é assim que chegam aos pontos mais inconvenientes do corpo humano para se alimentar. Márka, sua esposa, e também cientista, ZsuZsa Márka e o colega Imre Bastos questionaram então qual seria a reação do inseto, caso tivesse sua percepção sensorial prejudicada.

A equipe usou laser para criar uma barreira de luz invisível e que pode ser “montada” nos esconderijos favoritos destes insetos, como embaixo da cama, por exemplo. Em seguida, um grupo de mosquitos foi liberado para que se pudesse observar a reação deles quando de frente ao escudo. O resultado foi surpreendente: os insetos simplesmente deram meia volta ao se aproximar da parede de luz.

Apesar do saldo positivo até aqui, o estudo segue em frente e deve responder ainda uma série de novos questionamentos. O principal deles é entender o que faz com que os mosquitos não atravessem a barreira de luz.

Acompanhe tudo sobre:Bill GatesDoençasEmpresáriosEpidemiasFilantropiagestao-de-negociosMaláriaMicrosoftONGsPersonalidades

Mais de Tecnologia

Sam Altman lança 'WhatsApp' focado em quem vendeu a íris em troca de criptomoedas

TSMC investirá US$ 100 bilhões em fábricas nos EUA, mas produção de ponta pode continuar em Taiwan

Google confirma Android 16 em junho

Apple terá que permitir lojas de apps alternativas no Brasil em 90 dias