Robin Li: CEO do Baidu (Qilai Shen/Getty Images)
Repórter
Publicado em 18 de março de 2023 às 10h25.
Última atualização em 20 de março de 2023 às 10h49.
O Baidu, empresa do ''Google chinês'', entrou na corrida das inteligências artificiais (IA). Na semana passada, a gigante chinesa das buscas fez uma demonstração pública (e pré-gravada) do Ernie, seu robô que pode escrever, resumir, buscar informações, criar imagens e muito mais.
Contudo, a apresentação não agradou os investidores e afetou a empresa na bolsa com uma queda de 6,4% na quinta-feira, 16. O motivo: a nova IA, que só apareceu funcionando por vídeo, não demonstrou seu potencial ao vivo e não teve revelada nenhuma previsão de disponibilidade para o público.
Pelo contrário, o CEO da empresa com sede em Pequim Robin Li afirmou que, primeiro, a empresa deve liberar o acesso para alguns parceiros coorporativos.
Mas, muito além de frustrar quem acompanhou a apresentação, o cronograma lento do Baidu pode custar a posição da empresa frente às concorrentes americanas como OpenAI e Google, que continuam avançando no desenvolvimento de IA generativa.
A OpenAI lançou na semana passada o GPT-4 , seu mais recente modelo de IA que já demonstrou vencer humanos em testes de conhecimento, como o exame da ordem dos advogados dos EUA. Já a Microsoft está incorporando o GPT-4 no Bing e em outros produtos da empresa.
Mas apesar do lançamento tímido, há uma vantagem a favor do Baidu: o bot Ernie tem 550 bilhões de informações em seu grafo de conhecimento, com foco no mercado chinês. E Robin Li afirma que o robô tem capacidades comparáveis ao GPT-4.
Agora, só falta provar.