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O PC ainda tem espaço na sua vida? A Intel diz que sim

Empresa acredita que computadores estarão por toda parte e também serão uma central de comando

PC: vendas de computadores estão em queda em todo o mundo (Reprodução/Getty Images)

Lucas Agrela

Publicado em 5 de novembro de 2015 às 13h54.

São Paulo – As vendas de computadores passam por um momento de retração. A consultoria IDC informou que o comércio de PCs no Brasil despencou 38% no segundo trimestre de 2015, enquanto o Gartner reduziu a previsão de crescimento do segmento mundialmente de 2,8% para 1,5%. Diante deste cenário em que os smartphones ganham mercado, podemos considerar que o PC ainda tem espaço na vida das pessoas? A Intel acredita que sim, mas para um público mais restrito.

Para a fabricante de processadores, os computadores ainda levam vantagem para pessoas que os usam para jogos ou para realizar tarefas que exigem máquinas de alto desempenho. PCs como esses precisam de upgrades de tempos em tempos e eles têm mais flexibilidade para a troca de componentes do que notebooks ou híbridos.

"Máquinas assim também têm mais poder de processamento e melhor refrigeração", declarou Anand Srivatsa, diretor de gerencialmento da linha de desktops da Intel, durante o evento Future Showcase, realizado em São Paulo nesta semana.

Para o mercado corporativo, PCs à moda antiga, com torre e monitor como produtos separados, são importantes devido à facilidade da reposição de peças, no caso de alguma delas falhar. "Trabalhar com mouse e teclado é mais confortável e viabiliza uso de múltiplos monitores", afirmou Srivatsa.

Além disso, outros computadores podem ser úteis em situações diferentes das usuais para o consumidor doméstico. "Computadores mini, como o Nuc [que é da própria Intel], ainda têm espaço para crescer. Eles ajudam a tornar conectadas coisas que ainda eram analógicas", disse o executivo da Intel.

Seguindo a regra da sobreviência do mais apto, de Herbert Spencer, a fabricante, assim como outras parceiras e concorrentes, investe em computadores em miniatura. Algumas iniciativas consistem em PCs de bolso, que são pouco maiores do que um pen-drive, e em módulos conectados que podem ser aplicados a objetos antes totalmente offline – uma missão também da Raspberry Pi Foundation.

Internet das Coisas

No Future Showcase, a empresa apresentou, por exemplo, uma cadeirinha de bebê para carros que tem integração com um aplicativo de smartphone. O chamado Smart Clip pode avisar o pai ou responsável de que a criança foi esquecida no veículo. A ideia é acabar com as mortes de bebês por asfixia em automóveis por descuido.

Iniciativas como essa, que surgiu dentro da Intel, indicam que o PC vai sobreviver, mas terá que passar por algumas mudanças ao longo do caminho. Por isso, a fabricante também mantém uma divisão de internet das coisas (IoT), que consiste em trabalhar com o ecossistema de produtos analógicos que ganharão integração com a internet. Para isso, o uso de módulos e sensores será crucial.

A estimativa da Cisco indica que 50 bilhões de dispositivos estarão conectados à web até 2020. "Um carro autônomo ou um braço robótico em uma fábrica terão que estar sempre online, portanto, uma conexão estável é necessária", declarou David Formisano, diretor de estratégia do grupo de IOT, que indicou também que outros aparelhos, que ofereçam menor risco, podem ter intervalos de conexão.

Mas o que a IoT vai mudar na sua vida nos próximos anos? Inicialmente, não acontecerá nada de revolucionário, mas ela pode ajudar a economizar dinheiro. "A primeira onda da internet das coisas será mais chata, mas ela vai impactar a carteira das pessoas", disse Formisano. Ele cita exemplos de serviços que podem surgir no futuro, como análise de dados de um aparelho de ar condicionado que pode ser usada para reduzir custos ou alertar quanto à obsolecência de componentes eletrônicos que precisam de substituição ou reparo.

Nesse mundo furutístico de objetos conectados, o PC passará a ser uma central de comando, não mais apenas uma ferramenta de trabalho e entretenimento, na visão da Intel, que é compartilhada por diversas fabricantes de PCs, como Asus, Acer, Dell e HP. Entretanto, para 2015, essas empresas apostam em computadores híbridos, que funcionam tanto como notebooks quanto como tablets.

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Para a fabricante de processadores, os computadores ainda levam vantagem para pessoas que os usam para jogos ou para realizar tarefas que exigem máquinas de alto desempenho. PCs como esses precisam de upgrades de tempos em tempos e eles têm mais flexibilidade para a troca de componentes do que notebooks ou híbridos.

"Máquinas assim também têm mais poder de processamento e melhor refrigeração", declarou Anand Srivatsa, diretor de gerencialmento da linha de desktops da Intel, durante o evento Future Showcase, realizado em São Paulo nesta semana.

Para o mercado corporativo, PCs à moda antiga, com torre e monitor como produtos separados, são importantes devido à facilidade da reposição de peças, no caso de alguma delas falhar. "Trabalhar com mouse e teclado é mais confortável e viabiliza uso de múltiplos monitores", afirmou Srivatsa.

Além disso, outros computadores podem ser úteis em situações diferentes das usuais para o consumidor doméstico. "Computadores mini, como o Nuc [que é da própria Intel], ainda têm espaço para crescer. Eles ajudam a tornar conectadas coisas que ainda eram analógicas", disse o executivo da Intel.

Seguindo a regra da sobreviência do mais apto, de Herbert Spencer, a fabricante, assim como outras parceiras e concorrentes, investe em computadores em miniatura. Algumas iniciativas consistem em PCs de bolso, que são pouco maiores do que um pen-drive, e em módulos conectados que podem ser aplicados a objetos antes totalmente offline – uma missão também da Raspberry Pi Foundation.

Internet das Coisas

No Future Showcase, a empresa apresentou, por exemplo, uma cadeirinha de bebê para carros que tem integração com um aplicativo de smartphone. O chamado Smart Clip pode avisar o pai ou responsável de que a criança foi esquecida no veículo. A ideia é acabar com as mortes de bebês por asfixia em automóveis por descuido.

Iniciativas como essa, que surgiu dentro da Intel, indicam que o PC vai sobreviver, mas terá que passar por algumas mudanças ao longo do caminho. Por isso, a fabricante também mantém uma divisão de internet das coisas (IoT), que consiste em trabalhar com o ecossistema de produtos analógicos que ganharão integração com a internet. Para isso, o uso de módulos e sensores será crucial.

A estimativa da Cisco indica que 50 bilhões de dispositivos estarão conectados à web até 2020. "Um carro autônomo ou um braço robótico em uma fábrica terão que estar sempre online, portanto, uma conexão estável é necessária", declarou David Formisano, diretor de estratégia do grupo de IOT, que indicou também que outros aparelhos, que ofereçam menor risco, podem ter intervalos de conexão.

Mas o que a IoT vai mudar na sua vida nos próximos anos? Inicialmente, não acontecerá nada de revolucionário, mas ela pode ajudar a economizar dinheiro. "A primeira onda da internet das coisas será mais chata, mas ela vai impactar a carteira das pessoas", disse Formisano. Ele cita exemplos de serviços que podem surgir no futuro, como análise de dados de um aparelho de ar condicionado que pode ser usada para reduzir custos ou alertar quanto à obsolecência de componentes eletrônicos que precisam de substituição ou reparo.

Nesse mundo furutístico de objetos conectados, o PC passará a ser uma central de comando, não mais apenas uma ferramenta de trabalho e entretenimento, na visão da Intel, que é compartilhada por diversas fabricantes de PCs, como Asus, Acer, Dell e HP. Entretanto, para 2015, essas empresas apostam em computadores híbridos, que funcionam tanto como notebooks quanto como tablets.

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