Tecnologia

Novo app quer ajudar mulheres a denunciar assédios na rua

Aplicativo "Sai Pra lá", desenvolvido por estudante de 17 anos, ajuda as mulheres a registrar, de forma anônima, os assédios sofridos na rua


	App Sai Pra Lá: denúncia é feita de maneira anônima, sem obrigação de escrever nome, idade ou email
 (Reprodução/SaiPraLá)

App Sai Pra Lá: denúncia é feita de maneira anônima, sem obrigação de escrever nome, idade ou email (Reprodução/SaiPraLá)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2015 às 19h18.

São Paulo - O assédio sexual é algo que, infelizmente, acompanha as mulheres cotidianamente. Ouvir "cantadas" enquanto caminham pelas ruas é algo comum no dia a dia de uma mulher. Pensando no desconforto que é passar por tais situações, foi criado o aplicativo Sai Pra Lá. 

A página do aplicativo no Facebook ensina a usar o Sai Pra Lá: após realizar o download, a mulher pode escrever o endereço de onde foi assediada, escolher o período do dia, o tipo de assédio (categorizados em "verbal", "sonoro", "físico" e "outros") e o que foi feito (desde buzinas e assovios até toques no corpo da mulher). E o melhor: é tudo feito de maneira anônima, sem obrigação de escrever nome, idade ou email (que é opcional).

"O intuito do aplicativo é mapear o assédio e atuar na prevenção, pressionando os órgãos responsáveis pela nossa segurança e mostrar para as mulheres quais são os locais onde mais ocorrem assédios", descreve um post da página do Sai Pra Lá.

Segundo Catharina Doria, estudante de São Paulo de 17 anos e a responsável pelo projeto, o aplicativo começou a ser desenvolvido junto com dois amigos há 4 meses, porém só foi disponibilizado nesta terça-feira, 03, para iOS e Android.

Mesmo assim, o app já foi baixado mais de 2.500 vezes por mulheres de várias partes do país, como Manaus, Bahia, Rio Grande do Sul e São Paulo.

"Eu não esperava o boom de mensagens e uma repercussão tão rápida", conta Catharina, que estava cansada de sofrer assédios e assim surgiu a ideia de criar o app. "Quanto mais assédios denunciarmos, mais voz teremos", explica a estudante, que desistiu de sua viagem de formatura para utilizar o dinheiro no desenvolvimento do app. 

Acompanhe tudo sobre:AppsAssédio sexualCrimeFeminismoMachismoMulheres

Mais de Tecnologia

Irã suspende bloqueio ao WhatsApp após 2 anos de restrições

Qualcomm vence disputa judicial contra Arm e poderá usar licenciamentos da Nuvia

China constrói 1.200 fábricas inteligentes avançadas e instala mais de 4 milhões de estações base 5G

Lilium, de aviões elétricos, encerra operações após falência e demissão de 1.000 funcionários