Nokia Lumia 900: smartphone foi apresentado em janeiro de 2012 e vem equipado com Windows Phone, o sistema operacional da Microsoft (Kevork Djansezian/Getty Images)
Gabriela Ruic
Publicado em 26 de outubro de 2012 às 15h34.
São Paulo – A Nokia, que já reinou soberana como maior fabricante de celulares do mundo, está em uma fase difícil no que diz respeito aos smartphones. Segundo um relatório divulgado pela consultoria IDC, a empresa não consta mais entre as cinco maiores fabricantes mundiais da categoria. É a primeira vez que os finlandeses ficam fora do ranking desde o início da publicação da análise em 2004.
Agora, a lista das maiores marcas de smartphones do mundo é encabeçada pela Samsung, com Apple na segunda posição. Na terceira colocação estão os canadenses da Research In Motion (RIM), em quarto a ZTE e, em quinto, a HTC.
Para a IDC, a transição entre o Symbian, sistema operacional praticamente aposentado pela Nokia, e Windows Phone, abriu uma brecha para que a concorrência conseguisse abocanhar o que restava de participação dos finlandeses em âmbito global. “Mas o mercado de smartphones oferece espaço para que múltiplas fabricantes e sistemas operacionais cresçam, inclusive a Nokia”, prevê o relatório.
Curiosamente, os analistas do relatório observaram que a queda da Nokia contribuiu positivamente para a entrada da RIM ao ranking. Segundo a análise, o desempenho da RIM se deu graças ao fato de contarem com uma base instalada com mais de 80 milhões de usuários ativos em todo mundo, o que consolida a presença da empresa no cenário global.
Mas o próprio relatório vê a presença da empresa com cautela: está segurando as pontas com um portfólio antigo e sem previsão de quando entregará ao mercado alguma novidade de peso, tal qual fazem, semestralmente, as suas concorrentes. E isso pode ser traiçoeiro. “Se a RIM não entregar algum smartphone topo de linha até a temporada de Natal”, nota a IDC, “estará sob tremenda pressão das outras empresas”.
Já a Samsung, líder absoluta da lista, colhe os louros de uma estratégia muito bem pensada: portfólio amplo com smartphones variados. O resultado disso é que a empresa hoje vende quase o dobro de smartphones que sua rival, e segunda colocada, Apple. “É primeira vez desde 2009 que uma empresa garante mais de 31% do mercado”, aponta a consultoria.
A Apple, que tem o menor portfólio de smartphones entre as concorrentes, nada na boa maré trazida pelo iPhone 5. Com 27 milhões de iPhones vendidos, a maçã domina, hoje, 15% do mercado. Apenas no primeiro fim de semana de vendas, foram entregues mais de 5 milhões de iPhones 5. Agora, resta aguardar para ver como será o desempenho do smartphone durante as vendas de final de ano e com a sua chegada a outros países, como o Brasil, por exemplo.