Segundo a consultoria TrendForce, o preço dos módulos de memória RAM de 12GB usados no Switch 2 subiu 41% no trimestre atual (Reprodução)
Redator
Publicado em 10 de dezembro de 2025 às 10h03.
As ações da Nintendo recuaram até 4,7% nesta quarta-feira, 10, atingindo o menor nível desde maio. O motivo é a preocupação crescente com o aumento dos custos de componentes eletrônicos, especialmente os chips de memória, o que ameaça a rentabilidade e a demanda pelo Switch 2, lançado em junho deste ano.
Segundo a consultoria TrendForce, o preço dos módulos de memória RAM de 12GB usados no Switch 2 subiu 41% no trimestre atual. Já os chips de armazenamento NAND ficaram 8% mais caros. Esse aumento afeta também os cartões de memória adicionais, considerados essenciais devido à capacidade limitada de armazenamento do console.
Nas últimas oito sessões de dezembro, as ações da Nintendo caíram em sete, resultando em uma perda de cerca de US$ 14 bilhões em valor de mercado. O desempenho reflete o temor de que os custos crescentes comprometam não só as margens da empresa, mas também a demanda, à medida que acessórios e jogos ficam mais caros para o consumidor.
Atualmente, um cartão SD de 256GB compatível com o Switch 2 pode custar cerca de US$ 89,99, valor que representa um custo indireto repassado ao jogador. No Brasil, em marketplaces como Amazon e Mercado Livre, o preço variava entre R$ 400 e R$ 499 nesta quarta-feira, 10.
Outro sinal de alerta veio com os primeiros descontos aplicados ao Switch 2, mesmo com o console batendo recordes de venda desde seu lançamento. Durante a Black Friday, a versão com o jogo Mario Kart World foi oferecida com desconto de US$ 50 – algo incomum tão perto do Natal.
No início de novembro, a Nintendo havia revisado para cima sua projeção de vendas do Switch 2. Com mais de 3,5 milhões de unidades vendidas em apenas quatro dias e 10,36 milhões até o começo do mês, a empresa japonesa aumentou sua meta de 15 milhões para 19 milhões de unidades até março de 2026.
Nas últimas semanas, fabricantes como Lenovo, Dell, HP e Xiaomi anunciaram que smartphones e PCs devem ficar mais caros a partir de 2026, refletindo o aumento no custo de componentes.
Com a cadeia de suprimentos pressionada pela demanda do setor de inteligência artificial, a expectativa é de alta entre 5% e 10% nos preços desses produtos.