Reggie Fils-Aime mostrando o Wii U em conferência na E3 2011 (Kevork Djansezian/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de junho de 2011 às 05h55.
Los Angeles - O presidente da Nintendo América, Reggie Fils-Aime, afirmou nesta quarta-feira à Agência Efe que a empresa mostrou apenas "10%" do potencial do videogame Wii U, segunda geração do Wii, que não chegará ao mercado antes de abril de 2012.
O executivo da companhia japonesa destacou que o Wii U será um sistema inovador, com comando que incorpora uma tela tátil, elaborado para funcionar exclusivamente associado ao console, por isso não substituirá os portáteis Nintendo DS e 3DS.
"Não é um tablet, é um comando de jogos", esclareceu Fils-Aime depois da confusão gerada na apresentação do Wii U na terça-feira, durante a feira Electronic Entertainment Expo (E3) de Los Angeles.
No evento, a Nintendo revelou um novo comando de controle que acrescentava botões e funções do mesmo estilo que podem ser encontrados em Xbox 360 e PlayStation3, mas fez poucas referências a quais serão os componentes do console.
"Comunicamos que dentro do console haverá o poder para gráficos de alta definição 1080p e uma experiência online fantástica. Acho que mostramos até agora cerca de 10%, há muito mais a mostrar em termos de jogos", assinalou o diretor.
Fils-Aime apontou que a principal inovação do Wii U aos videogames é "a ideia de duas telas", a da televisão e a do comando, que, combinadas, "podem criar novas experiências". Por exemplo, em um jogo de corrida de carros, a tela nos controles poderia servir como espelho retrovisor do veículo.
A Nintendo anunciou nesta semana diversas combinações de duas telas para jogar, como usar o comando como um dispositivo para lançar estrelas ninja virtuais ou como base para jogar uma bola de golfe que, posteriormente, aparece em um campo representado no televisor.
A decisão da empresa japonesa de renovar a plataforma Wii com um sistema que acrescenta mais botões foi considerada uma tentativa de atrair os jogadores mais fanáticos, após perdê-los para um público de usuários esporádicos.
Agora, a Nintendo busca ampliar sua base de jogadores aumentando a versatilidade de seu comando, em vez de minimizar ainda mais sua complexidade ou diretamente se desfazer dele, como fez a Microsoft com o bem-sucedido Kinect.
"Na Nintendo, temos o costume de fazer coisas que são inesperadas", comentou Fils-Aime, que admitiu que a companhia tomou "uma direção diferente" para "continuar inovando" e manter a liderança no setor dos consoles, ameaçada pela Microsoft.