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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h44.
O volume de transações online realizadas pelas empresas alcançou 267,6 bilhões de reais no ano passado, o que representa um crescimento de 37% sobre o ano anterior. O resultado abrange tanto operações de compra e venda realizadas pelas empresas a partir de seus próprios portais, como aqueles fechados em plataformas independentes de negócios. Para este ano, a expectativa é manter a média de crescimento, acima de 31% ao ano.
Segundo a E-Consulting, consultoria especializada em internet, as transações feitas a partir de sites das próprias companhias com fornecedores, distribuidores, revendedores e clientes, respondeu por 80% do valor negociado no ano passado, registrando 212,3 bilhões de reais. O restante ficou por conta das operações realizadas nos e-marketplaces independentes (portais que funcionam como palco para transações eletrônicas), que alcançaram 55,3 bilhões no mesmo período.
Para Daniel Domeneghetti, sócio da E-Consulting Corp. e vice-presidente de métricas e conhecimento da Camara-e.net, "o crescimento mais acentuado nesse segundo semestre de 2005 se deve, especialmente, ao bom desempenho macroeconômico do país frente à crise institucional e à manutenção dos investimentos e projetos, o que, naturalmente, aquece transações (compras e vendas), principalmente nos canais digitais".
Ainda que os setores petrolífero, petroquímico e automobilístico sejam os principais atores das transações baseadas em portais próprios, o crescimento deste mercado, segundo Domeneghetti, pode ser atribuído principalmente ao aumento das vendas dos setores de bens de consumo, saúde, fármacos e serviços de tecnologia da informação e telecomunicações. Entre as principais vantagens das negociações online, estão a agilidade nos processos, a proximidade e o controle das operações, e a redução nos custos das transações, que, "conforme o setor, pode chegar a 40% em relação ao sistema anterior", diz Domeneghetti.
Para 2006, as transações online devem seguir a média de crescimento anual, em torno de 31%, devido à "ampliação do uso da certificação eletrônica por empresas de todo o país, com reflexo na adoção dos negócios eletrônicos por empresas de todos os portes", segundo Manuel Matos, presidente da Camara-e.net.