Musk diz não à proibição de seu competidor TikTok nos EUA
Ainda que posicionamento do bilionário não mude o possível destino do app chinês, o dono X destacou a redução de concorrência que a decisão pode causar
Redação Exame
Publicado em 20 de abril de 2024 às 14h10.
Elon Musk se manifestou na última sexta-feira, dia 19, sobre a possível proibição do TikTok nos Estados Unido s, destacando quea medida poderia reduzir a concorrência para sua própria rede social, X, mesmo assim, ele se opõe à restrição. Enquanto isso, o Congresso americano mostra sinais de apoio bipartidário à iniciativa.
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos tem uma votação agendada para este sábado sobre um projeto de lei que pode forçar o TikTok a se separar de sua empresa matriz, a chinesa ByteDance, sob pena de enfrentar uma proibição em todo o país.
A proposta ganha força ao ser incluída em um amplo pacote de assistência para Ucrânia, Israel e Taiwan, o que poderia facilitar sua aprovação no legislativo americano.
Musk, que adquiriu a plataforma X em 2022, defendeu que "proibir o TikTok seria uma ação contra a liberdade de expressão", apesar de reconhecer que tal medida poderia beneficiar indiretamente sua empresa.
O debate se intensifica com vozes contrárias à proibição, preocupadas com os precedentes que isso poderia criar para futuras restrições a redes sociais e serviços de mensagens nos Estados Unidos.
De acordo com o texto do projeto, a ByteDance teria apenas alguns meses para vender o TikTok ou veria o aplicativo removido das lojas da Apple e do Google no país.
A legislação também conferiria ao presidente dos Estados Unidos a autoridade para classificar outros aplicativos como ameaças à segurança nacional, se controlados por nações adversárias.
O TikTok, por sua vez, criticou fortemente a proposta, argumentando que a mesma prejudicaria a economia americana e a liberdade de expressão.
Um porta-voz do TikTok lamentou que "a Câmara dos Representantes utilize ajuda humanitária internacional como escudo para aprovar uma legislação de proibição". Ele destacou ainda que a proibição afetaria negativamente milhões de americanos e negócios, além de impactar consideravelmente a contribuição econômica anual da plataforma, avaliada em cerca de 24 bilhões de dólares.