São Paulo – A importadora Nexar traz ao Brasil produtos que se dirigem ao público gamer, tentando dar alternativas de preços acessíveis a mouses e teclados especializados que podem custar acima de 400 reais. Testamos o mouse Phantom BST-075 para constatar se o produto vale a pena.

Design

O mouse possui um visual bastante chamativo que mescla plástico preto e branco, que é iluminado por luzes LED internas, RGB, que mudam de cor intermitentemente. As luzes têm fraca intensidade, portanto, são apenas um detalhe e não iluminam em excesso o corpo do mouse, o que é bom.

A construção deixa um pouco a desejar, já que para priorizar vincos, pontas e um design bastante aberto, há pouco suporte para os botões esquerdo e direito, que parecem extremamente frágeis.

Ao lado esquerdo há botões para avançar e voltar no navegador, mas o mouse não possui nenhum software incluso. Caso seja necessário mudar as funções dos botões, será necessário software externo. No meio do mouse há um botão controlador de DPI que, embora funcione bem, não possui nenhum indicador, como uma cor que mostre qual nível de sensibilidade está selecionado.

A roda de scroll é satisfatória, com uma textura que a torna fácil de encontrar com os dedos.

Recursos

As principais características de qualquer produto vêm escritas em sua caixa, mas nesse caso, as informações pouco dizem. Veja uma foto da caixa do produto:

A linha superior não diz nada coerente. Framerate é uma medida que se refere à precisão com que um mouse lê as imagens capturadas na mesa ou no mousepad. 3000 é um número relativamente baixo, o tornando um mouse útil para uso do dia a dia, mas não eespecialmente preciso para games.

"500 Ten Thousand" e "300 Ten Thousand" também não dizem nada sobre o produto. São números aleatórios escritos na caixa, provavelmente frutos de uma tradução errada do chinês para o inglês. "Overweight" significa que o mouse é “sobrepeso”. A 125g (com cabo), isso não é necessariamente verdade. Mouses mais pesados não são universalmente desejáveis, dependendo do gosto do jogador. Ele também é chamado de “ergonomic”. Nesse ponto, embora caiba na mão decentemente, o mouse parece não se decidir entre ser ambidestro ou usar botões laterais (já que um canhoto teria de apertá-los com o dedo anelar, algo muito desconfortável).

Também há informações sobre a “estrutura do bloco” (com algo suspeito apagado) e dois quadros repetidos dizendo algo sobre “projeto amigável” também estão presentes. Embora haja uma informação sobre a sensibilidade máxima, em DPI, de 2400, não há nada sobre a taxa de amostragem que, quando medida, foi de 125 Hz, a mesma de mouses comuns, com preço de 20 ou 30 reais.

Vale a pena?

Se você se interessa por um mouse com luzes e não se importa com a falta de funções configuráveis ou software, talvez o Phantom BST-075 tenha algo para você. Além disso, é importante questionar o marketing “Gamer”, que costuma ser aplicado indiscriminadamente a qualquer produto que brilhe ou possua um design cheio de pontas cortantes. O Phantom BST-075 não entrega nenhuma função que o torne mais indicado para um gamer do que qualquer outro mouse.

A taxa de atualização de 125 Hz é baixa para aqueles que se preocupam com games de tiro. Sua ergonomia não é particularmente boa para destros e inviabiliza os botões laterais para canhotos. A resolução de 2400 DPI é interessante para uso de múltiplos monitores, mas não é estritamente necessária para games. Por 40 reais, recomendamos a compra de um mouse mais resistente e confortável, deixando de lado o conceito de “gamer” para faixas de preço mais altas em produtos de funções mais úteis.

Ficha técnica

Taxa de atualização	125 Hz
DPI	400 - 800 - 1600 - 2400
Peso	125 g

Avaliação técnica

Prós	Iluminado por leds, sensibilidade de até 2400 dpi.
Contras	Construção frágil, design pode não agradar, baixa taxa de atualização, falta de customização dos botões.
Conclusão	Mouse não atende a gamers, mas pode ser útil para trabalho em telas de alta resolução.
Média	6.0
Preço	R$ 40