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Motorola pode desmembrar divisão de celulares para ser mais competitiva

Medida poderia recuperar o valor das ações da companhia, diz defensor da proposta

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h27.

A Motorola afirmou, nesta quinta-feira (31/1), que estuda um possível desmembramento da divisão de celulares, com o objetivo de torná-la mais competitiva no mercado mundial. Em um comunicado divulgado após o fechamento da Bolsa de Nova York, a companhia afirma que busca meios "para melhor equipar seus aparelhos celulares para recapturar a liderança no mercado global e elevar o valor para os acionistas".

De acordo com o americano The Wall Street Journal, a medida foi divulgada em meio à piora dos resultados de sua divisão de celulares e ao aumento das pressões de Carl Icahn, investidor ativistas que prepara uma nova campanha para conquistar assentos no conselho de administração da Motorola. Desde setembro do ano passado, quando passou a deter 3,3% da companhia, Icahn tem pressionado a diretoria por mudanças

O negócio de celulares respondeu por metade dos 36 bilhões de dólares faturados pela empresa no ano passado. Mas, nos últimos meses, seus aparelhos apresentam um mau desempenho nas vendas, fruto do fracasso da companhia em oferecer um aparelho capaz de atrair tantos consumidores quanto o popular Razr. No quarto trimestre, a companhia fabricou 1,5 milhão de Razr 2s, abaixo das expectativas do mercado de 2,5 milhões de unidades.

Maior fabricante de celulares dos Estados Unidos, a Motorola perdeu o posto de segunda maior produtora do mundo para a Samgung no ano passado. Agora, a Sony Ericsson ameaça colocá-la no terceiro lugar. A fatia de mercado mundial da Motorola, no quarto trimestre, caiu para 13,1%, contra 20,7% doze meses antes. Ao mesmo tempo, seus três maiores rivais viram sua participação de mercado crescer. A Nokia encerrou 2007 com 38,1% das vendas globais; a Samsung, com 14,5%; e a Sony Ericsson, 8,8%.

Além de celulares, a Motorola também produz decodificadores para TV digital, aparelhos para redes de telecomunicação, rádios-comunicadores, entre outros. Icahn, o acionista militante, defende que o valor das ações está muito abaixo do ideal devido, sobretudo, ao mau desempenho da divisão de celulares. O investidor argumenta que o desmembramento dessa unidade seria capaz de gerar o valor esperado para os acionistas. De acordo com seus cálculos, a depreciação beira 20 bilhões de dólares.

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