Modelo da nova rede wireless da Google existe desde 2011
A empresa anunciou sua nova rede wireless, mas a novidade não foi tão grande para uma empresa da Carolina do Norte que já oferece um provedor semelhante
Da Redação
Publicado em 23 de abril de 2015 às 21h13.
A Google anunciou sua nova rede wireless na quarta-feira – mas a novidade não foi tão grande para uma pequena empresa de Raleigh, Carolina do Norte –.
Praticamente todos os aspectos do Google Fi, como o uso do Wi-Fi para garantir preços baixos e a inovadora proposta de emitir créditos para as pessoas que não utilizarem todos os dados por mês, já fazem parte dos planos wireless oferecidos pela Republic Wireless, um pequeno provedor wireless que existe desde 2011.
A Republic está entre um punhado de empresas pequenas, como a FreedomPop, a Ting e a Simple Mobile, que alugam a capacidade de rede dos grandes provedores wireless e redefinem os limites em termos de preços e planos de serviços. Parece que as pessoas estão gostando do que essas companhias oferecem.
Recentemente, a Republic foi considerada o melhor provedor de telefonia celular pré-paga pela revista Consumer Reports e superou todos os grandes nomes em uma pesquisa sobre satisfação do consumidor realizada pela PCMag.
Há uma grande diferença entre a Republic e a Google, é claro. Uma delas é o motor de pesquisa Google, e a outra provavelmente seja uma novidade para muitas pessoas.
Os recursos limitados e as pequenas margens de lucros para o setor restringiram o escopo da Republic até o momento. No entanto, que uma das empresas mais poderosas do mundo experimente uma nova forma de abordar a tecnologia wireless talvez signifique grandes mudanças. “Na minha opinião, estamos na liderança, não atrás”, disse David Morken, diretor executivo da Republic. “Ficamos felizes por receber uma confirmação tão grande e em tão pouco tempo de que estamos no caminho certo”.
O ponto em comum entre o Google Fi e a Republic é o Wi-Fi. Está se tornando possível manter-se conectado a uma rede Wi-Fi quase o tempo todo, o que significa que um provedor wireless pode confiar nessa conexão na maior parte do tempo e só recorrer às dispendiosas redes celulares para preencher as lacunas.
Isso implica que os planos wireless poderiam ser muito mais baratos – o que não é um bom sinal para empresas como Verizon e AT&T.
Desafios
Ainda há desafios. É preciso contar com uma tecnologia engenhosa para montar uma rede que passe perfeitamente da conexão Wi-Fi às distintas redes celulares, e talvez seja difícil prever a capacidade celular necessária para oferecer tal serviço. Os telefones também precisam estar equipados com recursos diferentes dos aparelhos comuns.
A Republic só oferece serviço através de telefones Motorola personalizados. O serviço da Google, a princípio, só estará disponível para o Nexus 6, em parte porque esse aparelho tem antenas capazes de estabelecer conexão tanto com as redes wireless da T-Mobile quanto com as da Sprint, que são incompatíveis.
Embora a Republic e a FreedomPop sejam pretensamente revolucionárias, o serviço da Google não foi criado para incomodar ninguém – pelo menos, por enquanto.
O plano custa US$ 20 por mês para ligações, mensagens de textos e Wi-Fi, e os planos de dados custam a partir de US$ 10 adicionais por mês. Na Republic, em contraste, 40 por cento dos clientes pagam US$ 10 ou menos por mês. A FreedomPop oferece gratuitamente uma determinada quantidade de dados, e só metade dos clientes usa mais do que isso. O usuário médio paga de US$ 7,50 a US$ 8 por mês.
O diretor executivo da FreedomPop, Stephen Stokols, disse que estava preocupado de que a Google lançasse seus próprios planos gratuitos, baseados em publicidade.
A chegada da Google no mercado poderia provocar o fracasso dos agentes menores, mas esses preços não buscam concorrer com eles. “Estamos muito aliviados, porque, no fim das contas, eles não estão fazendo nada inteiramente revolucionário em termos de preço”, disse Stokols.
O setor wireless enfrentaria uma ameaça maior se empresas como a Comcast também entrassem no jogo wireless. O maior provedor de serviços a cabo dos EUA vem construindo uma rede de pontos Wi-Fi em todo o país, que poderiam ser unidos com capacidade celular limitada para criar planos wireless que poderiam minar a Verizon e a AT&T em termos de preço.
Embora a Google sempre tenha evitado montar um empreendimento de grande porte baseado na conectividade, a rede wireless poderia ser precisamente a especialidade da Comcast.
Ela não teria os problemas que empresas como a Republic enfrentariam para ganhar escala. “Uma mudança radical ocorrerá de fato quando as operadoras de serviços a cabo entrarem de verdade nesse mercado”, disse Craig Moffett, analista do setor. “Elas têm recursos incomparáveis”.
A Google anunciou sua nova rede wireless na quarta-feira – mas a novidade não foi tão grande para uma pequena empresa de Raleigh, Carolina do Norte –.
Praticamente todos os aspectos do Google Fi, como o uso do Wi-Fi para garantir preços baixos e a inovadora proposta de emitir créditos para as pessoas que não utilizarem todos os dados por mês, já fazem parte dos planos wireless oferecidos pela Republic Wireless, um pequeno provedor wireless que existe desde 2011.
A Republic está entre um punhado de empresas pequenas, como a FreedomPop, a Ting e a Simple Mobile, que alugam a capacidade de rede dos grandes provedores wireless e redefinem os limites em termos de preços e planos de serviços. Parece que as pessoas estão gostando do que essas companhias oferecem.
Recentemente, a Republic foi considerada o melhor provedor de telefonia celular pré-paga pela revista Consumer Reports e superou todos os grandes nomes em uma pesquisa sobre satisfação do consumidor realizada pela PCMag.
Há uma grande diferença entre a Republic e a Google, é claro. Uma delas é o motor de pesquisa Google, e a outra provavelmente seja uma novidade para muitas pessoas.
Os recursos limitados e as pequenas margens de lucros para o setor restringiram o escopo da Republic até o momento. No entanto, que uma das empresas mais poderosas do mundo experimente uma nova forma de abordar a tecnologia wireless talvez signifique grandes mudanças. “Na minha opinião, estamos na liderança, não atrás”, disse David Morken, diretor executivo da Republic. “Ficamos felizes por receber uma confirmação tão grande e em tão pouco tempo de que estamos no caminho certo”.
O ponto em comum entre o Google Fi e a Republic é o Wi-Fi. Está se tornando possível manter-se conectado a uma rede Wi-Fi quase o tempo todo, o que significa que um provedor wireless pode confiar nessa conexão na maior parte do tempo e só recorrer às dispendiosas redes celulares para preencher as lacunas.
Isso implica que os planos wireless poderiam ser muito mais baratos – o que não é um bom sinal para empresas como Verizon e AT&T.
Desafios
Ainda há desafios. É preciso contar com uma tecnologia engenhosa para montar uma rede que passe perfeitamente da conexão Wi-Fi às distintas redes celulares, e talvez seja difícil prever a capacidade celular necessária para oferecer tal serviço. Os telefones também precisam estar equipados com recursos diferentes dos aparelhos comuns.
A Republic só oferece serviço através de telefones Motorola personalizados. O serviço da Google, a princípio, só estará disponível para o Nexus 6, em parte porque esse aparelho tem antenas capazes de estabelecer conexão tanto com as redes wireless da T-Mobile quanto com as da Sprint, que são incompatíveis.
Embora a Republic e a FreedomPop sejam pretensamente revolucionárias, o serviço da Google não foi criado para incomodar ninguém – pelo menos, por enquanto.
O plano custa US$ 20 por mês para ligações, mensagens de textos e Wi-Fi, e os planos de dados custam a partir de US$ 10 adicionais por mês. Na Republic, em contraste, 40 por cento dos clientes pagam US$ 10 ou menos por mês. A FreedomPop oferece gratuitamente uma determinada quantidade de dados, e só metade dos clientes usa mais do que isso. O usuário médio paga de US$ 7,50 a US$ 8 por mês.
O diretor executivo da FreedomPop, Stephen Stokols, disse que estava preocupado de que a Google lançasse seus próprios planos gratuitos, baseados em publicidade.
A chegada da Google no mercado poderia provocar o fracasso dos agentes menores, mas esses preços não buscam concorrer com eles. “Estamos muito aliviados, porque, no fim das contas, eles não estão fazendo nada inteiramente revolucionário em termos de preço”, disse Stokols.
O setor wireless enfrentaria uma ameaça maior se empresas como a Comcast também entrassem no jogo wireless. O maior provedor de serviços a cabo dos EUA vem construindo uma rede de pontos Wi-Fi em todo o país, que poderiam ser unidos com capacidade celular limitada para criar planos wireless que poderiam minar a Verizon e a AT&T em termos de preço.
Embora a Google sempre tenha evitado montar um empreendimento de grande porte baseado na conectividade, a rede wireless poderia ser precisamente a especialidade da Comcast.
Ela não teria os problemas que empresas como a Republic enfrentariam para ganhar escala. “Uma mudança radical ocorrerá de fato quando as operadoras de serviços a cabo entrarem de verdade nesse mercado”, disse Craig Moffett, analista do setor. “Elas têm recursos incomparáveis”.