Como fazer com que mais de meio milhão de espectadores consiga ver, durante um torneio, mais do que dois atletas batendo bolinhas de um lado para o outro? Ou melhor, como melhorar essa experiência, de forma simples, nada incômoda e útil? A direção de Wimbledon, a mais famosa e clássica arena de tênis da Inglaterra, encontrou a solução no mundo móvel.

Como muitos jogos de tênis geram milhares de dados – pontos, velocidade de saque, movimentação pela quadra e todo e qualquer mínimo detalhe –, o desafio era transformar esse tipo de conteúdo em algo relevante para aqueles que estão no evento e para aqueles que estão acompanhando a distância. E, além disso, atrair um novo público, jovem e ligado nas telas que agora todos carregamos no bolso.

Assim, surgiu o app do torneio de Wimbledon. Misturando os dados de partidas com notícias sobre o campeonato e ainda agregando informações do Twitter (com comentários dos próprios jogadores em destaque), o aplicativo teve mais de 851 000 downloads durante os 15 dias de torneio. Isso o colocou em destaque dentro da loja da Apple.

Um dos principais destaques do app é a habilidade de ser útil não só na tela, mas na vida real: usando a tecnologia de compasso, da câmera e da captação de dados de smartphones com Android e iPhones, o app é capaz de mostrar ao usuário quem estava jogando em cada quadra da arena. Basta apontar para qual lado você quer saber e pronto, o app avisa quais jogadores estão em quadra, além de mostrar o placar e o tempo decorrido de jogo.

O mundo móvel mudou o modo de acompanhar o lendário torneio de um esporte conhecido historicamente por gostar de manter suas raízes. O aplicativo mostrou que, se feito com cuidado e parcimônia, os resultados podem ser impressionantes. Com ele, o Wimbledon Club, que gerencia a arena, conseguiu o que muitas empresas sonham: manter a classe de sua inspiradora história sem perder a passada dos avanços tecnológicos. 

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