Da Redação
Publicado em 9 de janeiro de 2013 às 11h14.
Avaliação de
Airton Lopes / Quando revelou protótipos do Surface, a Microsoft parecia
prestes a revolucionar o conceito de tablet definido pelo iPad. Como? Um
dispositivo tão bom para navegar na web, ver vídeos, jogar e ler revistas quanto
para trabalhar fora do escritório. Seria como um ultrabook com Windows 8.
Lançado nos Estados Unidos em outubro e sem previsão de chegada oficial ao
Brasil, o Surface surpreende, mas não cumpre todas as expectativas. O tablet
tem tela de 10,6 polegadas e corpo feito com liga de magnésio. Ele é leve, tem
acabamento primoroso, suporte para mantê-lo em pé e capas magnéticas que o
protegem e funcionam como teclado. A mais simples, a Touch Cover, possui 0,3
centímetro de espessura e teclas e touchpad desenhados em sua superfície. Nos
testes do INFOlab, a digitação no teclado rígido causou um estranhamento
inicial. Mas não é difícil se adaptar.
Com tais
atributos, trabalhar no Office pré-instalado se torna um dos maiores atrativos
do Surface. Manusear o tablet apenas pela touchscreen também é muito agradável.
Só que, apesar da boa configuração, o tablet sofre travamentos ocasionais e a
abertura de aplicativos não é instantânea. No entanto, a maior frustração é
causada pelo Surface é a limitação para instalação de aplicativos imposta pelo
Windows 8 RT. Nesta versão do sistema, os milhões de programas para feitos para
PCs não rodam. Ele só aceita aplicativos adaptados disponíveis na Windows
Store, cujo acervo é muito menor que o das lojas da Apple e do Google. Ou seja,
a busca pelo híbrido que substitui tablet e ultrabook sem traumas continua.
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p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0;margin-bottom:.0001pt;">Vídeo
http://videos.abril.com.br/info/id/805f65300cc1cce970c0d40700529217
Avaliação de
Cauã Taborda / Com a proposta de mesclar de vez a produtividade dos notebooks
com a leveza e simplicidade dos tablets, o Surface Pro, com uma versão completa
do Windows 8, é um produto muito aguardado pelos aficionados de tecnologia.
Provavelmente por essa promessa ser tão tentadora, o Surface com Windows RT
pode ser considerado, de certo modo, uma decepção.
Deixando o
entusiasmo de lado, mesmo sem entregar a prometida união de dois mundos, o
Surface RT traz bons truques na manga. O principal é a ótima construção do
aparelho. Feito em liga de magnésio, o tablet é muito confortável de manusear. Medindo
27,5 por 17,2 por 1,0 cm, o Surface é de certo modo um tablet grandalhão por
conta da tela de 10,6 polegadas. O peso de 688 g não chega a incomodar, mas ele
sobe para 898 g com a Touch Cover.
Essa pequena
capa que traz um teclado sensível ao toque é um acessório quase indispensável.
Por fornecer uma digitação confortável, como comentado acima, ela é um dos
grandes recursos em comparação com outros tablets. A entrada USB 2.0 em tamanho
normal também é um atrativo. Em nossos testes ela reconheceu periféricos como
teclado e mouse, HDs externos e carregou a bateria de gadgets sem nenhum
problema. Na mesma lateral há uma saída microHDMI e o conector para carregar a
bateria. Na lateral oposta há um conector para fones de ouvido (não inclusos) e
uma alavanca para o controle de volume.
Em cada uma
das laterais há uma saída de som. Infelizmente, falta volume e qualidade para o
áudio. Na exibição de vídeos, a falta de graves e definição nos agudos pode
passar despercebida, mas, para ouvir músicas o resultado não agrada. Vale
recorrer a bons fones de ouvido. Infelizmente, a Microsoft não inclui nenhum
par com o tablet de 499 dólares.
Mesmo sem
poder receber seus softwares do Windows completo, o Surface RT oferece um
poderoso recurso de produtividade: o Office. A versão desenvolvida para o
tablet não fica devendo em nada para a versão de PCs, o que é uma boa vantagem
em relação a outros sistemas, que precisam confiar em pacotes de escritório
desenvolvidos por terceiros. O único
fato que nos incomodou durante os testes no INFOlab é a necessidade de rodar o
Office na interface tradicional do Windows. Ao contrário da nova interface,
que é completamente amigável aos toques, no visual padrão os botões são
pequenos e as velhas dificuldades do Windows com sistemas sensíveis ao toque
reaparecem.
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p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0;margin-bottom:.0001pt;">
Tela | 10,6 |
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Processador | Tegra 3 Cortex A9 1,3 GHz quad core |
Armazenamento | 32 GB + microSD |
Rede | - |
Conexões | USB, microHDMI |
Peso | 688 g |
SO | Windows 8 RT |
Duração de bateria | 7h04min |
Prós | Boa construção; boa tela; Office completo |
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Contras | Poucos aplicativos específicos para a interface; é necessário alternar entre a interface padrão do Windows e a de toque em certos momentos; som de baixa qualidade |
Conclusão | Aparelho é uma boa opção para quem busca produtividade, mas não se incomoda com uma oferta mais limitada de aplicativos |
Configuração | 8,6 |
Usabilidade | 9,3 |
Design | 8,7 |
Bateria | 7,5 |
Média | 8.7 |
Preço | US$ 499 |