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Microsoft separa Teams do Office antecipando escrutínio antitruste

Em resposta à linha dura sobre o mercado de software da União Europeia e a queixas do Slack, a Microsoft anuncia versões de suas assinaturas sem o serviço Teams

Teams na mira: inclusão do serviço no pacote Office tornava o Slack pouco atrativo (Jaap Arriens/Getty Images)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 1 de abril de 2024 às 14h47.

Última atualização em 1 de abril de 2024 às 16h02.

A Microsoft anunciou nesta segunda-feira, 1º, ajustes nas suas assinaturas de Microsoft 365 e Office 365, que agora passarão a oferecer opções sem o inclusão de seu serviço de colaboração empresarial Teams. Essa mudança surge em meio a investigações conduzidas pelo regulador da União Europeia e após reclamações formais da Slack, empresa adquirida pela Salesforce, que acusou a Microsoft de práticas competitivas desleais.

Esse reposicionamento de mercado da Microsoft não deve, segundo análises de especialistas, afetar significativamente a trajetória de crescimento comercial do Office 365. Tal decisão decorre do acordo firmado pelo gigante do software com a União Europeia e a Suíça no ano passado, comprometendo-se a vender o pacote Office 365 sem o Teams para atender às preocupações expressas pela Comissão Europeia.

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Em publicação oficial no blog da empresa nesta segunda-feira, a Microsoft enfatizou a importância da consistência global de licenças para facilitar o processo decisório e as negociações dos clientes. Lançado em 2016 como um complemento do pacote Office 365, o Teams alcançou mais de 320 milhões de usuários.

Além disso, a Microsoft introduziu uma nova oferta autônoma do Teams para clientes empresariais fora da União Europeia e da Suíça, mantendo a possibilidade de contratação do serviço de forma separada, uma prática já existente antes da atualização.

A inclusão do Teams nas assinaturas do Office 365 gerou desconforto entre concorrentes, com alguns alegando que a Microsoft utilizava sua posição dominante no mercado de forma injusta para obter vantagens competitivas. A Slack, em particular, criticou as ações da Microsoft como "ilegais", acusando-a de impor a instalação do Teams aos seus clientes de maneira forçada e de ocultar o custo real do serviço.

Embora a Microsoft não tenha abordado diretamente essas acusações em seu comunicado, destacou que a mudança visa oferecer maior flexibilidade aos clientes existentes, permitindo-lhes manter, renovar ou alterar seus pacotes atuais, que incluem o Teams, Office, entre outros produtos, de acordo com suas necessidades.

Para novos clientes, foram estabelecidos preços individuais para o Teams, fixados em US$ 5,25 por usuário por mês. Já os pacotes do Office sem o Teams estão disponíveis em faixas de preço que variam de US$ 7,75 a US$ 54,75, a depender do pacote específico e das funcionalidades inclusas.

Analistas do Morgan Stanley projetam que a decisão da Microsoft de ajustar suas ofertas não deve impactar a trajetória de crescimento do Office 365. Apontam, ainda, que a diversificação nas opções de compra do Teams reforça seu valor no mercado, especialmente quando comparado aos preços praticados pela Slack.

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