Microsoft diz que ações do Google despertam questões antitruste
SEATTLE (Reuters) - A Microsoft fez seu mais veemente e público ataque ao Google, definindo as ações de seu rival como potencialmente prejudiciais à competição e encorajando vítimas a apresentarem queixas às autoridades regulatórias. O ataque surgiu dias depois que uma empresa controlada pela Microsoft, acompanhada por duas outras pequenas companhias online, se queixou aos […]
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2010 às 23h52.
SEATTLE (Reuters) - A Microsoft fez seu mais veemente e público ataque ao Google, definindo as ações de seu rival como potencialmente prejudiciais à competição e encorajando vítimas a apresentarem queixas às autoridades regulatórias.
"Nossas preocupações se referem apenas a práticas do Google que tendem a trancafiar parceiros e conteúdo --como o Google Books-- e a excluir concorrentes, o que solapa a competição em seu sentido mais amplo", escreveu Dave Heiner, vice-diretor jurídico geral da Microsoft, em um blog da empresa, sexta-feira.
"Em última análise, as agências que atuam no setor de leis de competição terão de decidir se as práticas do Google devem ou não ser consideradas como ilegais", escreveu ele.
O Google se recusou a comentar sobre o texto no blog da Microsoft.
Nas duas últimas décadas, a Microsoft foi um dos alvos primários das autoridades de defesa da competição nos Estados Unidos e Europa, devido à maneira pela qual operava seu quase monopólio sobre o mercado de sistemas operacionais.
A maior produtora mundial de software agora parece ansiosa para direcionar a atenção das autoridades regulatórias ao Google, que é por larga margem o maior serviço mundial de buscas.
"Com o crescimento no poderio do Google, nos últimos anos, temos ouvido queixas cada vez mais intensas de diversas empresas, pequenas e grandes, sobre uma ampla variedade de práticas de negócios do Google", escreveu Heiner.
"Algumas das queixas refletem posturas agressivas de negócios assumidas pelo Google. Outras refletem o sigilo com que o Google opera em muitas áreas. Outras parecem despertar sérias questões antitruste", afirmou ele.
Heiner alegou que a forma pela qual o Google trabalha com anunciantes e grupos editoriais torna difícil para o Bing, o serviço de buscas concorrente operado pela Microsoft, conquistar volume no mercado.