Microsoft detecta cinco sites falsos criados por hackers russos
Os sites foram criados pelo grupo de hackers APT28, vinculado a uma agência de inteligência russa que interferiu nas eleições presidenciais de 2016
EFE
Publicado em 21 de agosto de 2018 às 11h53.
Última atualização em 21 de agosto de 2018 às 11h59.
Washington - A Microsoft fechou até cinco sites falsos, incluindo alguns pertencentes ao Senado dos Estados Unidos e think tanks americanos, criados por um grupo de hackers supostamente ligados ao governo russo, informou na segunda-feira a empresa de tecnologia.
O alvo aparente destas páginas era hackear os computadores daquelas pessoas que as visitassem erroneamente.
Segundo a Microsoft, tais sites "online" foram criados pelo grupo de hackers APT28, que foi publicamente vinculado a uma agência de inteligência russa e interferiu ativamente nas eleições presidenciais de 2016, segundo investigadores dos EUA.
A revelação da Microsoft chega após meses de suspeitas e advertências por parte de funcionários americanos pela possível ingerência russa nas eleições legislativas que acontecerão este novembro no país.
A Unidade de Crimes Digitais da Microsoft assumiu o papel principal na busca e desativação dos sites, e a companhia está tomando medidas para proporcionar uma maior proteção de segurança cibernética às campanhas e equipes eleitorais que usam produtos da marca.
Entre as instituições afetadas está o Instituto Hudson, um think tank conservador com sede em Washington e que participou de forma ativa nas investigações sobre a ingerência na Rússia; e o Instituto Republicano Internacional (IRI), um grupo sem fins lucrativos que promove a democracia no mundo todo.
As outras três páginas falsas foram projetadas para aparecer como se estivessem filiadas ao Senado, e o quinto site não tinha conteúdo político, mas falsificou os próprios produtos online da Microsoft.