Microsoft: na mira deles estão empresas de diversos setores, que desenvolvam soluções tecnológicas e com faturamento de R$ 120 mil a R$ 3 milhões (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2014 às 09h11.
São Paulo - De olho no potencial de crescimento de empresas brasileiras de base tecnológica, o banco português Espírito Santo (BESI) e a Microsoft se uniram na criação de um fundo de venture capital que nasce com R$ 10 milhões para investir em startups.
O primeiro veículo gerado a partir dessa união deve alcançar captação total de até R$ 300 milhões, o que pode ocorrer ao longo dos próximos dois anos, de acordo com o presidente do BESI, Ricardo Espírito Santo.
O fundo, administrado pelo Bradesco, terá duração de dez anos, sendo os seis primeiros para investimento e os últimos quatro anos para saída. O tíquete de aporte varia e pode chegar a R$ 3 milhões. O objetivo é ter de 6% a 20% das ações da empresa investida. Não há limite, contudo, para a quantidade de investimentos a serem feitos.
A estrutura do investimento é de empréstimo conversível em ações. Há a possibilidade de a empresa nos devolver o recurso aportado ou no futuro podemos vendê-la para um parceiro estratégico, abrir seu capital ou fazer uma fusão, conta ele, em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. Em Portugal, o banco já conta com cinco veículos de venture capital.
Na mira deles estão empresas de setores de educação, defesa e segurança cibernéticas, saúde, petróleo e gás, energia, aeroespacial e aeronáutica, dentre outros, que desenvolvam soluções tecnológicas e com faturamento de R$ 120 mil a R$ 3 milhões. No primeiro ciclo, mais de 700 empresas já foram avaliadas.
Depois de entrevistar 30 selecionadas, duas foram escolhidas para receber os primeiros aportes: a Cerensa, que apoia empresas na implementação, automação e gestão de diretrizes de governança de políticas de sustentabilidade; e a VTX, que faz plataformas para reconhecer produtos pela câmera e imagens de celular.
Temos a possibilidade de fazer que empresas pequenas com faturamento interajam com a tecnologia da Microsoft, um diferencial em relação às outras aceleradoras. Queremos ajudar empreendedores a transformar ideias brilhantes em empresas de sucesso, diz o presidente da Microsoft Brasil, Mariano de Beer. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.