Tecnologia

Microsoft anuncia corte de 9.000 postos e segue enxugando níveis de gestão

Em menos de dois meses, empresa demite quase 16 mil pessoas e busca reduzir camadas hierárquicas para ganhar agilidade

Satya Nadella: CEO da Microsoft (JASON REDMOND/Getty Images)

Satya Nadella: CEO da Microsoft (JASON REDMOND/Getty Images)

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 2 de julho de 2025 às 10h27.

Última atualização em 3 de julho de 2025 às 16h39.

A Microsoft anunciou nesta quarta-feira, 2, a demissão de cerca de 9.000 funcionários, número que corresponde a menos de 4% do total global de empregados da companhia. As dispensas atingem equipes em diferentes países e níveis de senioridade.

A medida ocorre logo no início do ano fiscal de 2026 da Microsoft — período em que a empresa costuma divulgar reorganizações internas. Em comunicado, um porta-voz afirmou que as mudanças são "necessárias para melhor posicionar a empresa e as equipes para o sucesso em um mercado dinâmico".

Os cortes mais recentes somam-se a outras rodadas de demissões realizadas neste ano. Em maio, a Microsoft anunciou 6.000 cortes e, em junho, ao menos 300 adicionais. Em janeiro, menos de 1% da força de trabalho havia sido dispensada por avaliação de desempenho. Em junho, a empresa contava com cerca de 228.000 empregados globalmente.

As demissões fazem parte de uma estratégia de enxugamento hierárquico. Assim como nos cortes de maio, a Microsoft quer reduzir o número de camadas de gestão entre os funcionários técnicos — chamados de individual contributors — e os principais executivos. A ideia é simplificar processos e acelerar decisões.

Em nota, a Microsoft destacou o objetivo de manter a rentabilidade em meio à concorrência e às transformações do mercado. No trimestre encerrado em março, a empresa registrou quase US$ 26 bilhões de lucro líquido sobre US$ 70 bilhões em receita, superando as expectativas de Wall Street. Para o trimestre de junho, a previsão era de crescimento de 14% na receita, puxado pela expansão do Azure, sua plataforma de computação em nuvem, e das assinaturas de software corporativo.

O movimento não é isolado no setor. Outras empresas de tecnologia também estão cortando pessoal em 2025. Entre elas estão a Autodesk, a Chegg e a CrowdStrike. Também nesta quarta-feira, a ADP, empresa de processamento de folha de pagamento, informou que o setor privado dos EUA perdeu 33.000 postos.

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