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Microsoft alerta para recrutamento de cibercriminosos por Rússia, China e Coreia do Norte

Relatório revela que cibercriminosos são recrutados para roubar bilhões, influenciar eleições e realizar ataques coordenados com governos

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 16 de outubro de 2024 às 09h07.

Última atualização em 16 de outubro de 2024 às 09h09.

Rússia, China e Coreia do Norte estão cada vez mais agressivas na hora de recrutar cibercriminosos para roubar dinheiro, informações e influenciar eleições, alerta a Microsoft em um relatório divulgado na erça-feira, 15.

Os hackers também estão “lançando ransomware, sabotando operações e realizando campanhas de influência”, ressalta o vice-presidente de Segurança do Consumidor, Tom Burt, no relatório Defesa Digital da Microsoft.

“O ritmo dos ataques cibernéticos patrocinados pelos Estados-nação escalou a ponto de haver agora efetivamente um combate constante no ciberespaço sem consequências significativas para quem ataca", acrescenta Burt.

As observações do último ano mostram uma “convergência” entre governo e cibercriminosos, destaca o relatório, que aponta atividades em China, Rússia, Irã e Coreia do Norte.

Os países usaram cibercriminosos com motivação econômica como “força multiplicadora", aproveitando sua experiência para hackear. "Também vimos mudanças rápidas nas táticas da guerra híbrida, com tentativas de grande alcance de interferir em eleições democráticas e um aumento dos ataques de ransomware e fraude financeira em todo o mundo.”

A Microsoft também alerta para os riscos do uso da inteligência artificial, e menciona Rússia, Irã e China como nações comprometidas em influenciar eleições, gerar discórdia e minar a confiança em instituições públicas.

“O acesso generalizado a ferramentas de IA generativa, somado a acontecimentos geopolíticos importantes, criou um ambiente propício para as operações de interferência de Estados-nação em disputas de alto risco", diz o texto.

A Coreia do Norte “apagou a linha" entre o cibercrime e a ciberespionagem. A ONU estima que aquele país já tenha roubado mais de US$ 3 bilhões (R$ 17 bilhões) em criptomoedas desde 2017, segundo o relatório.

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