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Mesmo com reservatórios mais baixos, governo descarta racionamento de energia

Autoridades dizem que o estoque é suficiente para passar pelo período de seca e chegar até as próximas chuvas

Hidrelétrica (Wiki Commons)

Hidrelétrica (Wiki Commons)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2014 às 09h54.

Apesar dos baixos níveis de reservatórios das hidrelétricas brasileiras e da economia voluntária feita pelos consumidores, o governo federal continua descartando o racionamento de energia. Hoje (29), o secretário de Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura Filho, disse que o estoque é suficiente para passar pelo período de seca e chegar até as próximas chuvas.

Ao chegar na Universidade Federal do Rio de Janeiro para uma palestra sobre energia sustentável, ele informou que todas as análises feitas pelo setor indicam que é possível atender à demanda até 2015, mesmo que até o fim do período de seca, em novembro, os reservatórios fiquem mais vazios.

"As análises das vazões hidrológicas dos últimos 82 anos indicam que podemos atender à carga prevista até o fim da seca, em novembro, com um armazenamento, no final, que chegaria a valores mínimos, mas valores possiveis de serem operados dentro dos critérios adotados no setor elétrico", disse o secretário. A previsão dele é que, se não chover, o armazenamento ficará na faixa de 15%.

"Não existe no momento, nenhuma atitude voltada seja para o racionamento ou para a racionalização da carga", reforçou Altino Ventura Filho.

No momento em que o Operador Nacional do Sistema (ONS) estima que em abril os resevatórios vão atingir o valor mais baixo desde o racionamento de 2001, chegando a 38,1% da capacidade, a opção por descartar o racionamento significa complementar a oferta com as usinas térmicas, acrescentou o secretário, que são a modalidade mais cara e mais poluente de geração de energia no país.

Ele acredita, no entanto, que a conscientização sobre os custos da energia e os impactos ambientais gerados pela ampliação da oferta, como a construção de novas usinas, podem estimular a economia. "É evidente que caso a sociedade queira contribuir espontaneamente, independentemente do momento atual, é desejável que use a energia com eficiência", concluiu.

Editor Graça Adjuto

 

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