Tecnologia

Mais de 50% de latino-americanos usam Facebook móvel

Segundo estatísticas do Facebook, o Brasil era o principal mercado latino-americano, com 76 milhões de usuários ativos mensais


	Facebook móvel: esta é a primeira vez que o Facebook divulga cifras de usuários, em um esforço para ajudar os anunciantes a compreender melhor o alcance de sua plataforma
 (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)

Facebook móvel: esta é a primeira vez que o Facebook divulga cifras de usuários, em um esforço para ajudar os anunciantes a compreender melhor o alcance de sua plataforma (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 11h01.

São Paulo - Mais da metade dos usuários do Facebook no Brasil, no México e na Argentina usam celulares e tablets para acessar a rede social, disse nesta quarta-feira a empresa norte-americana, que aposta cada vez mais na monetização das plataformas móveis.

Segundo estatísticas do Facebook, às quais a Reuters teve acesso, o Brasil era o principal mercado latino-americano, com 76 milhões de usuários ativos mensais em 30 de junho, e 57,9 por cento deles se conectava tanto a partir de computadores como por dispositivos móveis.

O país é seguido pelo México, com 47 milhões de usuários mensais, sendo que 74,5 por cento deles conectados também por celulares e tablets. A Argentina tinha 22 milhões de acessos, dos quais 59,1 por cento a partir de dispositivos móveis.

"Esses números têm uma força muito grande em termos de marketing", disse à Reuters o vice-presidente do Facebook para a América Latina, Alexandre Hohagen. "Queremos conscientizar as empresas de que existe uma oportunidade incrível".

Esta é a primeira vez que o Facebook divulga cifras de usuários, em um esforço para ajudar os anunciantes a compreender melhor o alcance de sua plataforma e competir mais de frente com a televisão.

E os números sugerem que a América Latina -com cerca de 200 milhões de usuários ou 18 por cento da base global- é uma região de acelerado crescimento para a companhia de Menlo Park, Califórnia.

Todos os dias, 61,4 por cento dos usuários ativos mensais nos três maiores mercados da região conectam-se à rede social. Isso representa uma audiência de 47 milhões de brasileiros, 28 milhões de mexicanos e 14 milhões de argentinos.

"A porcentagem é significativamente mais alta que a média dos outros países", disse Hohagen.

"Em termos de construção de marca para nossos clientes, isso tem uma relevância enorme", completou. "Não há outro meio que tenha essa capacidade de chegar a tanta gente em um só dia".


Segundo dados divulgados na terça-feira, os Estados Unidos têm 179 milhões de usuários ativos mensais e 128 milhões diários. Os números mostram também que a Índia tirou o lugar do Brasil como segundo maior usuário global do Facebook, com 82 milhões, mas apenas 34 milhões se conectam diariamente.

Dispositivos móveis

O Facebook registrou um forte aumento de seu lucro no segundo trimestre, graças à venda de publicidade em suas aplicações para dispositivos móveis.

Os resultados acalmaram o temor dos investidores de que o Facebook não soubesse como monetizar sua base de 1,15 bilhão de usuários, um drama típico das empresas de Internet.

Hohagen disse que o horizonte para a publicidade móvel do Facebook é imenso também na América Latina. A região tem menor penetração de Internet que outros mercados mais saturados como Estados Unidos e Europa, a classe média emergente compra cada vez mais smartphones e ainda há espaço para que caia o custo dos planos de dados.

"As empresas começam a entender a importância das plataformas móveis para suas marcas", disse o executivo.

A consultoria de análises comScore calcula, por exemplo, que na América Latina apenas 8,1 por cento das páginas são hoje abertas às pequenas telas dos dispositivos móveis. Apesar de a porcentagem ser duas vezes inferior à dos Estados Unidos, é três vezes maior que no ano passado.

Além disso, as vendas de smartphones ou telefones avançados nos quais o Facebook baseia sua estratégia comercial, crescem sem parar.

Neste ano, 42,5 por cento dos 188 milhões de celulares comercializados na América Latina serão smartphones, segundo a empresa de inteligência de mercado IDC. E em 2014, superarão pela primeira vez os telefones celulares convencionais.

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