Tecnologia

LG P430 K

O modelo de 14 polegadas da LG une boa configuração e visual interessante. A combinação de processador Core i7 com placa de vídeo dedicada proporcionaram ao P430 os melhores resultados da categoria nos testes do INFOlab com simulações de uso de aplicativos e jogos. O outro lado da moeda é a autonomia de bateria, abaixo […]

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2012 às 16h12.

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O modelo de 14 polegadas da LG une boa configuração e visual interessante. A combinação de processador Core i7 com placa de vídeo dedicada proporcionaram ao P430 os melhores resultados da categoria nos testes do INFOlab com simulações de uso de aplicativos e jogos. O outro lado da moeda é a autonomia de bateria, abaixo da média. É uma pena não ter portas USB 3.0.

Máquinas de 14 polegadas não costumam ter espaço interno para abrigar uma bateria muito grande, o que leva muitos fabricantes a dispensar circuitos mais potentes, que demandam eletricidade. É esta escolha que explica a hegemonia do Core i5 2410M (um processador mediano) entre notebooks dessa categoria. Mas o P430 que avaliamos aqui é uma rara exceção. Na balança que opõe a performance à duração da bateria, a LG deu preferência à primeira. O processador dessa máquina está próximo do topo da cadeia alimentar das CPU da Intel: trata-se de um Core i7 2620M. Sim, dentro da família de processadores Core i7, o 2620M é um dos caçulas, mas essa condição não o impede de ser superior às CPU da maioria dos notebooks de 14”. Com dois núcleos que rodam a uma frequência básica de 2,7 GHz (o Turbo Boost pode elevar esse número a até 3.4 GHz para um núcleo), ele só titubeia em situações extremas.

Além do processador incomumente poderoso, o P430 traz em si outro componente raro entre as máquinas de 14 polegadas: uma placa de vídeo dedicada. Claro, a GeForce 520M que habita esse notebook é uma GPU de entrada tão básica para os padrões atuais que boa parte dos usuários não percebe a diferença entre ela e a GPU integrada dos processadores da Intel. Por outro lado, a memória extra que vem com a placa (1 GB de GDDR3) pode fazer a diferença entre a vida e a morte vituais de fãs de jogos que utilizam muitas texturas simultâneas, como Metro 2033 ou Shogun 2. A 520M provavelmente não será de grande ajuda para usuários interessados em GPGPU, mas ela tem suporte a CUDA e OpenCL como boa parte das placas recentes da Nvidia. Em outras palavras, a 520M pode ajudar a acelerar a conversão de um arquivo de vídeo ou a melhorar o frame rate nas cenas mais caóticas de um jogo como Diablo 3.

A LG também fez algumas opções interessantes ao planejar a implementação da memória nesse notebook. O HD utilizado é relativamente lento (5.400 RPM), mas contém mais espaço que a média (640 GB). Quanto à RAM, o P430 opera com os mesmos 4 GB de sempre com uma diferença bem curiosa: enquanto a maioria dos fabricantes instala duas placas de 2 GB, as a LG escolheu utilizar apenas uma placa de 4 GB. Por um lado, isto quer dizer que o P430 é mais lento de que a média no que diz respeito à memória, pois o uso de mais de uma interface de RAM leva a uma banda de memória maior, para não falar nas outras vantagens proporcionadas pelo dual-channel. Por outro lado, quem quiser expandir a memória pode economizar um pouco de dinheiro. Em vez de desperdiçar duas SODIMM de 2GB, pode-se simplesmente comprar outra placa de 4 GB.

Embora a configuração do P430 esteja indubitavelmente acima da média, a nota da máquina no teste de desempenho geral não foi tão impressionante. Ao avaliar a rapidez com que os aplicativos do Windows 7 rodam no notebook, o benchmark PCMark 7 chegou a um resultado pouco acima da média: 2.050 pontos. A questão da memória (HD lento e RAM sem dual-channel) foi provavelmente um dos gargalos de performance que abaixou a nota da máquina. O desempenho gráfico, por outro lado, foi um dos melhores que já medimos. O 3DMark 11, que julga a competência da máquina para processar gráficos baseados no DirectX 11, concedeu 563 pontos ao P430. 

Benchmark PCMark 7 (em pontos)
Barras maiores indicam melhor desempenho

Positivo Premium N8820

3.675

Megaware Meganote Volcano

2.268

Positivo Master N170i

2.244

Itautec Infoway Note W7535

2.223

Asus A43E VX049R

2.162

HP Pavilion dm4-2095br

2.137

MSI FX420

2.093

LG P430 K

2.050

Sony Vaio VPC-EG17FB

1.792

LG P420 5454

1.701

Benchmark 3DMark 11 (em pontos)
Barras maiores indicam melhor desempenho

MSI FX420

640

HP Pavilion dm4-2095br

564

LG P430 K

563

Sony Vaio VPC EG17FB

497

Para um notebook de entranhas tão surpreendentes, o P430 é bem modesto no seu exterior. As conexões que flanqueiam a máquina são as de sempre: três USB, uma Gigabit Ethernet, um leitor de cartão (compatível com xD, SD, MMC, MS e MS Pro), uma HDMI, uma D-sub e duas P2 para fone e microfone. Com exceção do leitor de cartão poliglota, que, por si só, não faz muita diferença, as conexões do P430 têm “notebook intermediário” escrito por toda sua extensão. Claro, ele também oferece Wi-Fi, Bluetooth e um drive de DVD-RW, mas não há nada de especial nisso. É uma pena. Uma máquina de configuração tão boa merecia pelo menos uma USB 3.0.

Tal modéstia no campo das conexões se alastrou para o design. Naturalmente, o P430 que avaliamos aqui (P430 K.BE44P1) tem a mesma carcaça dos outros notebooks da linha. Trata-se de um design simples e eficiente, todo feito em plástico, que cai bem em um computador intermediário mas se torna um pouco decepcionante em uma máquina com Core i7 e GPU dedicada. O acabamento é bom, mas poderia ser melhor.

Como em tantos outros notebooks de 13”e 14”, as restrições de espaço forçam o P430 a depender de atalhos com a tecla AltGr para acomodar os símbolos “?” e “/”. Também achamos as teclas um pouco resistentes demais ao toque, mas, pondo esses dois problemas de lado, o teclado é bom. Não há muito o que comentar a respeito do touchpad, que cumpre bem sua função e não oferece mais espaço para os dedos que a média da concorrência. Ainda assim, apreciaríamos uma divisão física mais clara entre a superfície sensível ao toque e o resto da carcaça.

A LG é uma tremenda fabricante de LCD, tanto em termos de quantidade quanto de qualidade, e essa excelência transborda para seu outros produtos, incluindo os notebooks. A tela do P430 não chega a ser extraordinária, mas certamente agrada os olhos com seus amplo ângulo de visão e cores fieis. Enquanto o sistema de áudio não nos satisfez tanto quanto a tela, devemos reconhecer que ele tem seus pontos fortes. Não espere ouvir nenhum grave intenso saindo do P430 pois essa máquina parece ter se especializado na reprodução de sons agudos, que quase não distorcem mesmo em volumes bem altos.

Por todas as suas vantagens, a boa configuração do P430 leva a uma falha quase fatal a qual aludimos no início da resenha: a bateria dura pouco. Nosso teste com o benchmark Battery Eater revelou que essa máquina aguenta apenas 69 minutos de uso intenso, uma das piores marcas que já observamos nos testes com notebooks dessa categoria.

Duração da bateria em uso intenso
Barras maiores indicam melhor desempenho

Positivo Master N170i

2h05min

Megaware Meganote Volcano

1h57min

Itautec Infoway Note W7535

1h55min

Sony Vaio VPC-EG17FB

1h49min

LG P420 5454

1h34min

Asus A43E VX049R

1h18min

HP Pavilion dm4-2095br

1h16min

Positivo Premium N8820

1h12min

LG P430 K

1h09min

MSI FX420

0h59min

Ficha técnica

Tela14”
ProcessadorIntel Core i7 2620M 2,7 GHz
RAM4 GB
ArmazenamentoHD de 640 GB
GPuGeForce GT520M 1 GB
DriveDVD-RW
Peso1,9 kg
SOWindows 7 Home Premium
Duração de bateria1h09min

Avaliação técnica

PrósBoa configuração; tela de qualidade; som mediano;
ContrasNão tem USB 3.0; acabamento poderia ser mais sólido;
ConclusãoO P430 é um notebook de 15,6” disfarçado de notebook de 14”; se você está apenas interessado em poder de fogo, ele oferece uma das melhores relações entre custo e benefício das máquinas que já testamos;
Média7.9
PreçoR$ 2499
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