Julian Assange: criador e editor-chefe do WikiLeaks (Dan Kitwood/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2010 às 15h26.
São Paulo – O criador do site WikiLeaks, Julian Assange, foi libertado na tarde desta quinta-feira (16) poucas horas depois de a Alta Corte britânica rejeitar o recurso que pedia a manutenção de sua prisão. Segundo informações da imprensa do Reino Unido, logo que deixou o tribunal, o ativista fez um pronunciamento rápido, no qual afirmou que “nem sempre se alcança a Justiça, mas ao menos ela ainda não está morta”.
Após pagar uma fiança no valor de 200 mil libras (cerca de R$ 535 mil), para manter a liberdade o australiano agora terá de cumprir uma série de regras, como cumprir toque de recolher e entregar seu passaporte, que ficará em poder de autoridades britânicas.
Assange ficou detido por nove dias em uma cela isolada, da qual saía apenas uma hora por dia, e teve suas correspondências censuradas, segundo seus advogados. Acusado na Suécia de estupro e agressão sexual contra duas mulheres, o ativista nega as acusações, que diz serem politicamente motivadas.
O site WikiLeaks, do qual Assange é editor-chefe, começou a divulgar há duas semanas mais de 250 mil de telegramas confidenciais de diplomatas norte-americanos, que têm causado mal estar entre o governo dos Estados Unidos e autoridades de outros países.