Jeff Bezos estaria investindo em biotech que quer driblar envelhecimento
Outro investidor da Altos Labs seria o bilionário Yuri Milner, cujo fundo já aportou no Nubank
Thiago Lavado
Publicado em 6 de setembro de 2021 às 13h58.
Última atualização em 6 de setembro de 2021 às 14h05.
Uma startup chamada Altos Labs, que pesquisa maneiras de reverter o processo de envelhecimento, estaria recebendo investimentos de bilionários como Jeff Bezos, o fundador da Amazon e homem mais rico do mundo.
A notícia foi dada pela revistaMIT Tech Review, da respeitada instituição de pesquisa Massachusetts Institute of Technology no sábado, dia 4. De acordo com a revista, a Altos Labs teria conseguido investimento de outros bilionários, como Yuri Milner, megainvestidor do Facebook e do fundo DST Global, que já investiu também no Nubank.
Concebida no início deste ano, a Altos Labs é uma empresa que está em busca de tecnologia que possa realizar reprogramação biológica, uma maneira de rejuvenescer células em laboratórios e prolongar a vida. Esse tipo deempreendimento vem atraindo muito dinheiro e interesse. O Google, por exemplo, investe ambiciosamente nessa área por meio da Calico Labs.
Apesar de ser recente, a empresa está se estabelecendo em centros como a Baía de São Francisco, São Diego, Cambridge, o Reino Unido e Japão e está recrutando cientistas de peso com salários altos, sob a promessa de que eles poderão realizar pesquisas nessa área com bastante incentivo financeiro.
Entre os pesquisadores que já teriam aceitado uma oferta da Altos estão Juan Carlos Izpisúa Belmonte, um espanhol do Salk Institute em La Jolla, na Califórnia, que ganhou notoriedade por trabalhos em que mixava embriões humanos e de macacos e que já afirmou que expectativa de vida pode ser aumentada em 50 anos.
O pesquisador Shinya Yamanaka, que recebeu o Prêmio Nobel de 2012 por suas descobertas no campo da reprogramação, será um cientista não remunerado e presidente do conselho da companhia.
Yamanaka descobriu que, com a adição de quatro proteínas, células poderiam ser instruídas a reverter a um estágio primitivo, que compartilha características com células-tronco . Em 2016, Izpisúa Belmonte usou a descoberta em ratos vivos, alcançando estados de reversão de idade em alguns, e teratomas, um tipo severo de tumor, em outros.