O ciclotron de prótons desenvolvido pela China, um importante equipamento para testes de radiação espacial, entrou em operação após a conclusão dos testes de funcionamento, de acordo com o Centro Nacional de Ciências Espaciais (NSSC) da Academia Chinesa de Ciências.

O ciclotron de 50 MeV, desenvolvido pelo Instituto Chinês de Energia Atômica, fornecerá condições essenciais para a análise dos efeitos ambientais da radiação espacial, além de contribuir para a pesquisa e aplicação de medidas de proteção antirradiação no espaço, afirmou o NSSC.

Em um ambiente espacial complexo, os prótons de alta energia representam uma das principais fontes de radiação espacial, podendo causar danos aos circuitos e materiais das espaçonaves, representando uma séria ameaça à saúde dos astronautas e ao funcionamento adequado dos equipamentos espaciais.

Dessa forma, um dispositivo terrestre capaz de simular o ambiente de radiação espacial é de grande importância para compreender melhor os efeitos ambientais da radiação espacial. Com base nisso, os cientistas poderão fortalecer os componentes das espaçonaves e trajes espaciais, a fim de resistir ao ambiente hostil do espaço.

A construção do acelerador teve início em 2017. Ele produziu seu primeiro feixe de partículas em julho do ano passado e concluiu os testes de aceitação técnica em abril deste ano.

Com indicadores técnicos-chave que atendem aos padrões internacionais mais avançados, o acelerador pode fornecer energia na faixa de 10 a 50 MeV, com intensidade de feixe variando de 10.000 a 10 bilhões de prótons por centímetro quadrado por segundo, abrangendo uma área de irradiação de 20×20 cm.

Durante a fase de operação de testes, foram realizados testes experimentais de irradiação de prótons para mais de 30 instituições nacionais.

Localizado na Cidade Científica de Huairou, um centro científico abrangente, o acelerador é parte integrante do esforço chinês de pesquisa espacial e inovação tecnológica, juntamente com outras instalações notáveis, como a Fonte de Fótons de Alta Energia, que é a mais recente fonte de luz de radiação de alta energia da China.