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Indústria nuclear está despreparada para lidar com ciberataques

O vírus Stuxnet, usado contra sítios nucleares iranianos em 2010, foi implantado por um periférico USB

nuclear (Matti Mattila / Flickr)

nuclear (Matti Mattila / Flickr)

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2015 às 07h40.

A indústria nuclear, atrasada na prevenção do perigo tecnológico, é um alvo particularmente vulnerável aos ciberataques, que estão, por sua vez, mais disseminados e sofisticados - revelou a britânica Chatham House, em relatório divulgado nesta segunda-feira.

Os atores da indústria nuclear "começam, mas têm dificuldades para lutar contra esta nova ameaça insidiosa", analisa o "think tank" britânico, após 18 meses de pesquisa.

O instituto avalia que as centrais nucleares "não têm preparo para enfrentar uma urgência em matéria de cibersegurança, em um incidente de grande amplidão, e teriam problemas para coordenar uma resposta adequada".

De acordo com o relatório, entre as causas, estão um financiamento insuficiente para esta prevenção; falta de formação, de normas reguladoras e da cultura da cibersegurança; e uso crescente do digital nos sistemas de exploração nas centrais.

A Chatham House denuncia o "mito disseminado", segundo o qual as centrais nucleares estariam protegidas, por não estarem conectadas à Internet.

Várias instalações adotaram, progressivamente, uma forma de conectividade, e seus sistemas informáticos podem ser invadidos por meios, às vezes, bastante simples.

O vírus Stuxnet, usado contra sítios nucleares iranianos em 2010, foi implantado por um periférico USB. Segundo a Chatham House, esse ataque se tornou referência no mundo da pirataria virtual, o que permitiu aos "hackers" melhorar sua técnica.

Depois do Stuxnet, acrescentou o relatório, os piratas (virtuais) ao redor do mundo se inspiraram em seu funcionamento e incorporaram algumas de suas funcionalidades a seus próprios malwares.

 

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