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Hugo Barra quer trazer smartphones Xiaomi ao Brasil

O executivo disse que já iniciou negociações para trazer os smartphones da Xiaomi, a "Apple do Oriente", ao Brasil

Xiaomi: estratégia de mercado da Xiaomi na China é oferecer aparelhos com boa configuração e design por um baixo custo (Nelson Ching/Bloomberg)

Lucas Agrela

Publicado em 12 de março de 2014 às 10h06.

São Paulo - O brasileiro Hugo Barra, vice-presidente global da Xiaomi, afirmou em seu perfil no Google+ que busca trazer a fabricante de smartphones ao Brasil. Ele disse que já iniciou negociações políticas para a expansão da empresa para território nacional.

Barra conta que recentemente se reuniu com o governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia, e com o embaixador do Brasil para a China, Valdemar Carneiro Leão. O encontro teve o objetivo de “falar em levar a Xiaomi para a América Latina começando pelo Brasil”. No entanto, ele não mencionou data ou como seria esse lançamento da marca no país.

A estratégia de mercado da Xiaomi na China é relativamente simples: oferecer aparelhos com boa configuração e design por um baixo custo.

A expansão da companhia, inicialmente, estava limitada a países da Ásia. Em Singapura, já é possível adquirir dois aparelhos da fabricante: o chamado Redmi, smartphone Android um intermediário com processador quad core (1,5 GHz) e suporte a dois chips de operadoras, e o topo de linha Mi 3, que tem construção de liga de magnésio, processador Qualcomm Snapdragon 800 quad core de 2,3 GHz, 2GB de memória RAM, tela de cinco polegadas Full HD e câmera com resolução de 13 MP. Este último smartphone é vendido por 1.999 yuans, ou cerca de R$ 760 (valor sem impostos).

Hugo Barra

O mineiro Barra é um executivo formado pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology) e ficou conhecido por seu trabalho no Google, na vice-presidência da divisão do sistema operacional móvel Android. Ele participou do desenvolvimento de produtos como o tablet Nexus 7. Em setembro do ano passado, ele deixou a empresa para assumir seu novo cargo na Xiaomi. Sua saída chegou a levantar boatos como o de um possível triângulo amoroso envolvendo Amanda Rosenberg, funcionária da empresa, e Sergey Brin, fundador do Google.


Ao sair da companhia, Barra disse que sua missão na Xiaomi era “a expandir sua carteira de produtos e negócios a nível mundial” e “particularmente animado com a oportunidade de continuar a ajudar a conduzir o ecossistema Android”. Vale lembrar que, em março de 2013, Andy Rubin, fundador do Android, também saiu da gigante das buscas.

No ano passado, Barra participou da quarta edição do INFOTrends, em São Paulo. Durante o keynote, ele declarou que os próximos serviços inovadores que mudarão as formas como usamos a tecnologia estão surgindo a partir de inspirações biológicas, como os estudos sobre o funcionamento do cérebro humano. Ele também defendeu a criação de gadgets por pessoas com pouco envolvimento com tecnologia.

Xiaomi

A fabricante é conhecida como a “Apple do Oriente” e seu CEO, Lei Jun, por vezes é comparado com Steve Jobs, devido às suas estratégias de marketing e às suas apresentações de produtos — nas quais ele chega até mesmo a usar o “uniforme” de Jobs: tênis, calças jeans e camiseta preta.

Jun ficou conhecido, inicialmente, pela criação do site de comércio eletrônico Joyo, em 1998, que ganhou fama e foi comprado pela Amazon em 2004 por 75 milhões de dólares. Desde então, ele investiu em empresas de tecnologia até criar a Xiaomi, em 2010. Hoje, o executivo é um dos homens mais ricos do mundo, com uma fortuna estimada em 1,5 bilhão de dólares, de acordo com a Forbes.

“Nós estaremos no ranking das 500 maiores empresas do mundo da Fortune”, declarou Jun em entrevista ao jornal The New York Times no ano passado, dizendo que ele não quer ser conhecido apenas como um líder de uma fabricante de smartphones. No primeiro semestre de 2013, a empresa vendeu 7 milhões de dispositivos apenas na China.

No entanto, devido à alta carga tributária, manter sua estratégia de vender aparelhos topo de linha por um valor baixo será um desafio para a Xiaomi (vale notar: pronuncia-se xáu-mi) no mercado brasileiro. Poucas empresas conseguem fazer isso atualmente, como é o caso da Motorola com o Moto G, o smartphone que conta atualmente com o melhor custo-benefício no segmento de smartphones, com configuração intermediária e preço a partir de 650 reais.

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Barra conta que recentemente se reuniu com o governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia, e com o embaixador do Brasil para a China, Valdemar Carneiro Leão. O encontro teve o objetivo de “falar em levar a Xiaomi para a América Latina começando pelo Brasil”. No entanto, ele não mencionou data ou como seria esse lançamento da marca no país.

A estratégia de mercado da Xiaomi na China é relativamente simples: oferecer aparelhos com boa configuração e design por um baixo custo.

A expansão da companhia, inicialmente, estava limitada a países da Ásia. Em Singapura, já é possível adquirir dois aparelhos da fabricante: o chamado Redmi, smartphone Android um intermediário com processador quad core (1,5 GHz) e suporte a dois chips de operadoras, e o topo de linha Mi 3, que tem construção de liga de magnésio, processador Qualcomm Snapdragon 800 quad core de 2,3 GHz, 2GB de memória RAM, tela de cinco polegadas Full HD e câmera com resolução de 13 MP. Este último smartphone é vendido por 1.999 yuans, ou cerca de R$ 760 (valor sem impostos).

Hugo Barra

O mineiro Barra é um executivo formado pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology) e ficou conhecido por seu trabalho no Google, na vice-presidência da divisão do sistema operacional móvel Android. Ele participou do desenvolvimento de produtos como o tablet Nexus 7. Em setembro do ano passado, ele deixou a empresa para assumir seu novo cargo na Xiaomi. Sua saída chegou a levantar boatos como o de um possível triângulo amoroso envolvendo Amanda Rosenberg, funcionária da empresa, e Sergey Brin, fundador do Google.


Ao sair da companhia, Barra disse que sua missão na Xiaomi era “a expandir sua carteira de produtos e negócios a nível mundial” e “particularmente animado com a oportunidade de continuar a ajudar a conduzir o ecossistema Android”. Vale lembrar que, em março de 2013, Andy Rubin, fundador do Android, também saiu da gigante das buscas.

No ano passado, Barra participou da quarta edição do INFOTrends, em São Paulo. Durante o keynote, ele declarou que os próximos serviços inovadores que mudarão as formas como usamos a tecnologia estão surgindo a partir de inspirações biológicas, como os estudos sobre o funcionamento do cérebro humano. Ele também defendeu a criação de gadgets por pessoas com pouco envolvimento com tecnologia.

Xiaomi

A fabricante é conhecida como a “Apple do Oriente” e seu CEO, Lei Jun, por vezes é comparado com Steve Jobs, devido às suas estratégias de marketing e às suas apresentações de produtos — nas quais ele chega até mesmo a usar o “uniforme” de Jobs: tênis, calças jeans e camiseta preta.

Jun ficou conhecido, inicialmente, pela criação do site de comércio eletrônico Joyo, em 1998, que ganhou fama e foi comprado pela Amazon em 2004 por 75 milhões de dólares. Desde então, ele investiu em empresas de tecnologia até criar a Xiaomi, em 2010. Hoje, o executivo é um dos homens mais ricos do mundo, com uma fortuna estimada em 1,5 bilhão de dólares, de acordo com a Forbes.

“Nós estaremos no ranking das 500 maiores empresas do mundo da Fortune”, declarou Jun em entrevista ao jornal The New York Times no ano passado, dizendo que ele não quer ser conhecido apenas como um líder de uma fabricante de smartphones. No primeiro semestre de 2013, a empresa vendeu 7 milhões de dispositivos apenas na China.

No entanto, devido à alta carga tributária, manter sua estratégia de vender aparelhos topo de linha por um valor baixo será um desafio para a Xiaomi (vale notar: pronuncia-se xáu-mi) no mercado brasileiro. Poucas empresas conseguem fazer isso atualmente, como é o caso da Motorola com o Moto G, o smartphone que conta atualmente com o melhor custo-benefício no segmento de smartphones, com configuração intermediária e preço a partir de 650 reais.

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