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HP decide ressuscitar seu tablet TouchPad

Depois de divulgar que estava encerrando a produção de tablets e de liquidar seu estoque, a HP diz que vai fabricar mais um lote do TouchPad

O HP TouchPad roda o sistema operacional webOS, desenvolvido pela Palm (Reprodução)

Maurício Grego

Publicado em 31 de agosto de 2011 às 09h32.

São Paulo — Por essa ninguém esperava: depois de decretar a morte do TouchPad e de liquidar o estoque por 100 dólares a unidade, a HP decide ressuscitar o tablet. A empresa divulgou que ainda pretende fabricar mais um lote do TouchPad até o fim de outubro. Esse último lote vai ser vendido nos Estados Unidos por um preço ainda não revelado.

Lançado no dia 1º de julho, o TouchPad encalhou nas lojas. Mas esgotou-se rapidamente quando a empresa baixou o preço para 100 dólares, um quinto do valor inicial. A corrida às lojas durante a liquidação sugere que talvez o problema não fosse o produto, mas o preço.

O valor original do TouchPad era similar ao do iPad. Mas o tablet da Apple já tem centenas de milhares de aplicativos e uma legião de usuários contentes, além de uma marca muito valorizada pelo consumidor. O TouchPad, apesar de contar com o elogiado sistema operacional WebOS,  era pouco conhecido e quase não tinha aplicativos. Era fácil prever qual dos dois um potencial comprador escolheria. A HP não tinha chance nessa briga.

Mas o interesse despertado pelo tablet quando o preço foi reduzido dá o que pensar. Imaginemos que a HP tivesse oferecido o TouchPad mais simples por 250 dólares no mercado americano, metade do preço do iPad. Vendendo o produto com prejuízo, ela perderia dinheiro (um estudo da IHS iSuppli, citado pelo site AllThingsD, determinou que os componentes desse TouchPad somam 300 dólares).

Mas talvez, com esse preço agressivo, a HP conseguisse formar uma base instalada suficiente para atrair desenvolvedores e, assim, estimular a criação de mais aplicativos. Com o tempo, talvez pudesse lançar versões mais caras e ter lucro com o negócio.

Até agora, nenhum fabricante conseguiu oferecer um tablet avançado por um preço significativamente mais baixo que o do iPad. Mas talvez esse seja o único caminho para desalojar a Apple da sua posição de líder. Fazer isso exige um caixa bem abastecido para suportar pelo menos um ano de operação no vermelho. É algo que só uma empresa do porte da HP poderia bancar.

Mas o comunicado da HP deixa claro que haverá apenas mais um lote. Depois dele, o TouchPad será, finalmente, enterrado. Assim, não vai ser possível saber se a estratégia do preço baixo daria certo ou não – a menos que algum outro fabricante resolva segui-la.

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Lançado no dia 1º de julho, o TouchPad encalhou nas lojas. Mas esgotou-se rapidamente quando a empresa baixou o preço para 100 dólares, um quinto do valor inicial. A corrida às lojas durante a liquidação sugere que talvez o problema não fosse o produto, mas o preço.

O valor original do TouchPad era similar ao do iPad. Mas o tablet da Apple já tem centenas de milhares de aplicativos e uma legião de usuários contentes, além de uma marca muito valorizada pelo consumidor. O TouchPad, apesar de contar com o elogiado sistema operacional WebOS,  era pouco conhecido e quase não tinha aplicativos. Era fácil prever qual dos dois um potencial comprador escolheria. A HP não tinha chance nessa briga.

Mas o interesse despertado pelo tablet quando o preço foi reduzido dá o que pensar. Imaginemos que a HP tivesse oferecido o TouchPad mais simples por 250 dólares no mercado americano, metade do preço do iPad. Vendendo o produto com prejuízo, ela perderia dinheiro (um estudo da IHS iSuppli, citado pelo site AllThingsD, determinou que os componentes desse TouchPad somam 300 dólares).

Mas talvez, com esse preço agressivo, a HP conseguisse formar uma base instalada suficiente para atrair desenvolvedores e, assim, estimular a criação de mais aplicativos. Com o tempo, talvez pudesse lançar versões mais caras e ter lucro com o negócio.

Até agora, nenhum fabricante conseguiu oferecer um tablet avançado por um preço significativamente mais baixo que o do iPad. Mas talvez esse seja o único caminho para desalojar a Apple da sua posição de líder. Fazer isso exige um caixa bem abastecido para suportar pelo menos um ano de operação no vermelho. É algo que só uma empresa do porte da HP poderia bancar.

Mas o comunicado da HP deixa claro que haverá apenas mais um lote. Depois dele, o TouchPad será, finalmente, enterrado. Assim, não vai ser possível saber se a estratégia do preço baixo daria certo ou não – a menos que algum outro fabricante resolva segui-la.

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