A partir desta terça-feira, o Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo vai ficar lotado de barracas e pontos de internet ultra-rápida para a Campus Party, um dos maiores encontros de tecnologia do país, que acontece anualmente desde 2008 e vai até domingo 5.

Em sua décima edição brasileira, o evento, nascido na Espanha, pretende ser um fomentador da inovação e da busca por soluções tecnológicas para resolver os mais diversos problemas. Nesse sentido, neste ano, haverá uma maratona hacker de 100 horas em parceria com o Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) para encontrar meios tecnológicos de realizar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pela ONU.

A Campus também continua pautada nos grandes números, com mais de 700 horas de conteúdo, dividido em palestras e workshops, espalhado por 9 palcos e divididos por 750 palestrantes de diferentes áreas, de drones a grafite. Nesta edição, o destaque é Mitch Lowe, co-fundador da Netflix. O evento também contará com Chance Glasco, criador do game “Call of Duty”, o pesquisador britânico Aubrey de Grey, que quer curar o envelhecimento, Duília de Mello, astrônoma brasileira da Nasa, e o grafiteiro Eduardo Kobra.

Mas para os campuseiros, que todos os anos reclamam da infraestrutura do evento (falta de ar-condicionado, a ausência de conexão wi-fi e as falhas na internet cabeada costumam ser as queixas mais recorrentes), a Campus deve continuar valendo a pena pelo networking. São esperados 8.000 participantes pagantes, mesmo número dos anos anteriores. A poucas horas de começar, o evento, que em anos anteriores já viu os ingressos esgotarem dias antes, ainda tem entrada disponíveis –100 delas reservadas para serem vendidas na porta.

A esperança é que, desta vez, tanta troca de ideias e informações fomente de fato o ambiente empreendedor em internet no Brasil. Passados dez anos do primeiro evento, contam-se nos dedos os projetos de sucesso nascidos ali. O Brasil precisa como nunca.