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Governo da Rússia critica Microsoft por relacioná-lo com site de hackers

A Microsoft disse que o governo russo estaria envolvido na criação de um site falso, usado para interferir nas eleições legislativas de novembro nos EUA

Não sabemos de quais hackers estão falando, nem sabemos no que consiste a interferência nas eleições, disse o ministro (Lucy Nicholson/Reuters)

Não sabemos de quais hackers estão falando, nem sabemos no que consiste a interferência nas eleições, disse o ministro (Lucy Nicholson/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de agosto de 2018 às 12h00.

Moscou - O governo da Rússia criticou nesta terça-feira a Microsoft por relacioná-lo com o site falso criado supostamente por um grupo de hackers para interferir nas eleições legislativas de novembro nos Estados Unidos.

"Não entendemos no que se baseiam as acusações, que são bastante graves e que não podem ser feitas sem que sejam apresentadas provas", disse Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, aos veículos de imprensa locais.

Peskov também perguntou qual seria a relação da inteligência militar russa com esses hackers, depois que o governo russo recebeu "dos EUA confirmações de que não houve nenhuma ingerência (russa) nas eleições".

"Não sabemos de quais hackers estão falando, nem sabemos no que consiste a interferência nas eleições", indicou Peskov.

Por outro lado, fontes diplomáticas comentaram à agência "Interfax" que "a Microsoft está participando de jogos políticos" e se comporta "não como um ator empresarial, mas como um procurador".

"Não houve eleições e já há acusação", afirmou a interlocutora da agência russa.

A Microsoft informou hoje que fechou até cinco sites falsos, entre eles alguns pertencentes ao Senado dos EUA, criados por um grupo de hackers supostamente vinculados com o governo russo.

Segundo a companhia, esses sites foram criados pelo grupo de hackers APT28, que foi publicamente vinculado a uma agência de inteligência russa e interferiu ativamente nas eleições presidenciais de 2016 nos EUA.

A revelação chega após meses de suspeitas e advertências por parte de funcionários americanos pela possível ingerência russa nas eleições legislativas que acontecerão em novembro no país.

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