Google vai usar chips da AMD em serviços de computação em nuvem
A empresa do buscador está mirando na nova tecnologia da AMD que promete processadores de servidor com até 128 núcleos
André Lopes
Publicado em 18 de junho de 2021 às 07h53.
AMD e Google Cloud anunciaram na quinta-feira,18, que o Google vai oferecer serviços de computação em nuvem baseados no mais recente chip dedicado para data centers da AMD, o que deve ampliar a captura de mercado da rival Intel .
Provedores de computação em nuvem como Google, Amazon.com e Microsoft estão entre os maiores compradores de chips especializados para centrais de dados e fornecem serviços mediante aluguel de poder de processamento derivada dos chips que utilizam em suas infraestruturas.
Nos últimos anos, a AMD avançou agressivamente no mercado de processadores, ganhando cada vez mais participação frente a Intel. Mesmo em cenários em que o time azul tinha vantagem, como em games.
A partir de 2022, a AMD deve oferecer chips com até 128 núcleos com a chegada da arquitetura Zen 4. O número é duas vezes maior que o máximo atingido pela arquitetura Zen 3, a atual série de processadores para servidores EPYC 7003, que chegavam aos 64 núcleos e 128 threads. A empresa afirmou que clientes como Snap e Twitter estão testando os novos serviços baseados nos chips da AMD.
A Intel anunciou em abril o chip "Ice Lake", rival do Zens, e afirmou que grandes provedores de serviços de computação em nuvem iriam utilizá-lo. A Intel, porém, não informou quando o Google vai começar a oferecer serviços baseados no Ice Lake.