Tecnologia

Google quer acabar com pornô de vingança nas buscas

Foi anunciado que nos próximos dias será disponibilizado um formulário para que vítimas peçam a retirada do material nas buscas realizadas no site


	Segundo o Google, o material pornográfico continuaria disponível no site de origem, "porém, espera que ao atender os pedidos de remoção das pessoas nós possamos ajudá-las.", finalizou Singhal
 (Reprodução/Google)

Segundo o Google, o material pornográfico continuaria disponível no site de origem, "porém, espera que ao atender os pedidos de remoção das pessoas nós possamos ajudá-las.", finalizou Singhal (Reprodução/Google)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2015 às 18h06.

São Paulo - Casos de pornô de vingança são cada vez mais frequentes. Acaba um relacionamento e o parceiro, para se vingar, acaba divulgando fotos e vídeos íntimos na internet.

Em 2014, foram 1800 registros de crimes virtuais apenas no Brasil - um aumento de 38% em relação ao ano anterior -, de acordo com a delegacia que cuida do tema. Destes, 360 possuíam cunho sexual. Ou seja, há exposição sexual indevida de terceiros a cada um dia no Brasil. Vendo este aumento de casos em todo o mundo, o Google decidiu agir. 

Em comunicado oficial realizado no blog da empresa, foi anunciado que nos próximos dias será disponibilizado um formulário para que vítimas do pornô de vingança peçam a retirada do material nas buscas realizadas no site.

"Nossa filosofia sempre foi a de que a busca deveria refletir o que ocorre na internet", disse Amit Singhal, vice-presidente de busca do Google, por meio da nota divulgada no blog. "No entanto, imagens de vingança pornô são muito pessoais, emocionalmente traumáticas e só servem para humilhar as vítimas - na maioria das vezes, mulheres."

Assim, o funcionamento seria parecido com o que ocorre com pessoa que possuem informações e dados pessoais indevidamente publicados: um equipe analisaria, individualmente e de maneira limitada, cada caso. Em seguida, retiraria qualquer informação relacionada nas buscas do Google.

Obviamente, o material continuaria disponível no site de origem. "Sabemos que isso não vai resolver o problema do pornô de vingança - nós não conseguimos, por exemplo, remover esses conteúdos dos sites, apenas da busca -, porém, esperamos que ao atender os pedidos de remoção das pessoas nós possamos ajudá-las.", finalizou Singhal.

Acompanhe tudo sobre:crimes-digitaisEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaGooglePornografiaseguranca-digitalTecnologia da informação

Mais de Tecnologia

Como a greve da Amazon nos EUA pode atrasar entregas de Natal

Como o Google Maps ajudou a solucionar um crime

China avança em logística com o AR-500, helicóptero não tripulado

Apple promete investimento de US$ 1 bilhão para colocar fim à crise com Indonésia