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Google e Samsung admitem que o Android apanha do iPad nos tablets

Executivos da Samsung e do Google reconhecem que o Android, até agora, tem perdido a briga para o iPad no mercado de tablets

A Samsung apresenta, no Mobile World Congress, seu tablet Galaxy Note 10.1, que permite o uso de uma canetinha para desenhos e anotações (Divulgação)

Maurício Grego

Publicado em 27 de fevereiro de 2012 às 18h18.

São Paulo — Não é novidade que – diferentemente do que acontece na área de smartphones, onde o Android é líder – a Apple ainda não encontrou rival à altura para o iPad. Agora, até executivos da Samsung e do Google começam a admitir isso. “Honestamente, não estamos indo muito bem no mercado de tablets”, disse Hankil Yoon, da Samsung , durante o Mobile World Congress , que acontece nesta semana em Barcelona, na Espanha, como relata o noticiário americano Cnet.

A avaliação negativa de Yoon combina com números nada animadores citados por Andy Rubin, o executivo do Google responsável pelo Android . Falando em Barcelona, ele afirmou que apenas 12 milhões de tablets com esse sistema operacional foram ativados até agora, conta outro noticiário americano, The Verge. Considerando que a base instalada mundial de tablets é estimada em pouco mais de 80 milhões de unidades, a informação de Rubin indica que a participação do Android nela gira em torno de 15% apenas.

Neste mês, as empresas de pesquisas de mercado NPD DisplaySearch e IHS iSupply divulgaram suas estimativas das vendas de tablets no último trimestre de 2011. Para a NPD, a participação da Apple em unidades vendidas foi de 59%. Para a iSupply, foi de 57%. Em segundo lugar ficou a Amazon, com 14%. Em seguida, vêm Samsung (9%), Barnes & Noble (7%) e Asus (2%). Naturalmente, a participação da Apple na base instalada é maior que nas vendas do trimestre, já que ela largou na frente dos concorrentes.

A iSupply diz que, no final do ano, as vendas do iPad 2 ficaram pouco abaixo das previsões. Mas a empresa afirma que os fãs da Apple não deixaram de comprar o iPad por causa do Kindle Fire – o tablet barato de enorme sucesso da Amazon. Em vez disso, eles preferiram gastar seu dinheiro no iPhone 4S enquanto aguardam o iPad 3. Em outras palavras, para a iSupply, a maior concorrente da Apple é a própria Apple.


Andy Rubin afirma que a turma do Android precisa dobrar as vendas de tablets neste ano. Ele não diz exatamente como isso será possível. O fato é que, quando alguém compra um iPad, está aderindo a todo o ecossistema da Apple. A pessoa passa a comprar músicas, filmes e livros na loja iTunes e a usar os aplicativos do iOS.

No caso do Android, o ecossistema não é tão consistente. Rubin diz que espera melhorar isso. “O consumidor mais bem informado percebe que ele escolhe o ecossistema da Apple, ou o da Microsoft ou o do Google. Vamos fazer um trabalho melhor para que as pessoas percebam qual ecossistema elas estão comprando”, disse ele.

Já Yoon, da Samsung, parece apostar na nova linha Galaxy Note para melhorar a situação da empresa na área de tablets. É uma escolha que vai na contramão do que tem acontecido no mercado. Esses tablets se diferenciam dos Galaxy Tab por permitirem o uso de uma canetinha para anotações e desenhos. Esse acessório já foi comum em tablets, smartphones e PDAs. Mas está fora de moda há pelo menos quatro anos, desde que o iPhone mostrou que, para a maioria das pessoas, é muito mais prático usar os dedos para interagir com o aparelho.

Mesmo assim, a Samsung está exibindo, em Barcelona, um modelo maior do Galaxy Note, com tela de 10,1 polegadas. Isso sugere que as vendas do modelo inicial, com tela de 5,3 polegadas, apresentado no ano passado, devem ter sido encorajadoras. O novo Note é muito similar ao Galaxy Tab 10.1. Assim, pode-se supor que, se ele fizer sucesso mesmo, pode até prejudicar as vendas do seu irmão sem caneta, algo que Yoon diz não temer.

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São Paulo — Não é novidade que – diferentemente do que acontece na área de smartphones, onde o Android é líder – a Apple ainda não encontrou rival à altura para o iPad. Agora, até executivos da Samsung e do Google começam a admitir isso. “Honestamente, não estamos indo muito bem no mercado de tablets”, disse Hankil Yoon, da Samsung , durante o Mobile World Congress , que acontece nesta semana em Barcelona, na Espanha, como relata o noticiário americano Cnet.

A avaliação negativa de Yoon combina com números nada animadores citados por Andy Rubin, o executivo do Google responsável pelo Android . Falando em Barcelona, ele afirmou que apenas 12 milhões de tablets com esse sistema operacional foram ativados até agora, conta outro noticiário americano, The Verge. Considerando que a base instalada mundial de tablets é estimada em pouco mais de 80 milhões de unidades, a informação de Rubin indica que a participação do Android nela gira em torno de 15% apenas.

Neste mês, as empresas de pesquisas de mercado NPD DisplaySearch e IHS iSupply divulgaram suas estimativas das vendas de tablets no último trimestre de 2011. Para a NPD, a participação da Apple em unidades vendidas foi de 59%. Para a iSupply, foi de 57%. Em segundo lugar ficou a Amazon, com 14%. Em seguida, vêm Samsung (9%), Barnes & Noble (7%) e Asus (2%). Naturalmente, a participação da Apple na base instalada é maior que nas vendas do trimestre, já que ela largou na frente dos concorrentes.

A iSupply diz que, no final do ano, as vendas do iPad 2 ficaram pouco abaixo das previsões. Mas a empresa afirma que os fãs da Apple não deixaram de comprar o iPad por causa do Kindle Fire – o tablet barato de enorme sucesso da Amazon. Em vez disso, eles preferiram gastar seu dinheiro no iPhone 4S enquanto aguardam o iPad 3. Em outras palavras, para a iSupply, a maior concorrente da Apple é a própria Apple.


Andy Rubin afirma que a turma do Android precisa dobrar as vendas de tablets neste ano. Ele não diz exatamente como isso será possível. O fato é que, quando alguém compra um iPad, está aderindo a todo o ecossistema da Apple. A pessoa passa a comprar músicas, filmes e livros na loja iTunes e a usar os aplicativos do iOS.

No caso do Android, o ecossistema não é tão consistente. Rubin diz que espera melhorar isso. “O consumidor mais bem informado percebe que ele escolhe o ecossistema da Apple, ou o da Microsoft ou o do Google. Vamos fazer um trabalho melhor para que as pessoas percebam qual ecossistema elas estão comprando”, disse ele.

Já Yoon, da Samsung, parece apostar na nova linha Galaxy Note para melhorar a situação da empresa na área de tablets. É uma escolha que vai na contramão do que tem acontecido no mercado. Esses tablets se diferenciam dos Galaxy Tab por permitirem o uso de uma canetinha para anotações e desenhos. Esse acessório já foi comum em tablets, smartphones e PDAs. Mas está fora de moda há pelo menos quatro anos, desde que o iPhone mostrou que, para a maioria das pessoas, é muito mais prático usar os dedos para interagir com o aparelho.

Mesmo assim, a Samsung está exibindo, em Barcelona, um modelo maior do Galaxy Note, com tela de 10,1 polegadas. Isso sugere que as vendas do modelo inicial, com tela de 5,3 polegadas, apresentado no ano passado, devem ter sido encorajadoras. O novo Note é muito similar ao Galaxy Tab 10.1. Assim, pode-se supor que, se ele fizer sucesso mesmo, pode até prejudicar as vendas do seu irmão sem caneta, algo que Yoon diz não temer.

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