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Gnarbox busca filmar e compatilhar mais rápido do que GoPro

O aparelho Gnarbox tem hotspot wi-fi e leitor de cartão de memória e, quando sincronizado a um smartphone, tem também ilha de edição

Gnarbox: a empresa do Gnarbox mantém cinco engenheiros correndo para terminar algumas melhorias (Reprodução/Vimeo)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2016 às 15h28.

Quando apresentou a papelada para uma oferta pública inicial, em novembro, a gigante das câmeras de ação GoPro se vangloriou pelo fato de seus clientes terem subido o equivalente a cerca de 2,8 anos em vídeos ao YouTube em 2013.

O número parecia impressionante na época, pelo menos até alguém fazer a matemática com base nas cerca de 8 milhões de câmeras em circulação. O volume subido ao serviço foi calculado em algo em torno de 12 segundos por câmera.

Tim Feess, um analista de bonds de 26 anos que estava atrás de uma ideia de negócio, leu essa métrica e enxergou um mercado.

“Na verdade não é tanto assim”, explicou Feess. “Ficou claro que as pessoas simplesmente não estavam superando o problema do gerenciamento e do uso de suas filmagens”.

Adiantamos a história em 10 meses e Feess está em Nova York, conectando um cartão de memória da Bloomberg em um pedaço de hardware do tamanho de um Walkman.

Chamado de Gnarbox, o aparelho é dividido em partes iguais de disco rígido, hotspot wi-fi, leitor de cartão de memória e, quando sincronizado com um smartphone , ilha de edição.

Ele é pensado para permitir que as pessoas armazenem, editem e compartilhem rapidamente filmagens de lugares onde não estão propensas a transportar um laptop - um teleférico, uma praia remota ou o estacionamento do estádio da equipe de futebol americano do Buffalo Bills.

O aparelho pode não ser suficiente para acabar com o caso de amor do iPhone com o Instagram, mas poderá ser útil para as milhões de pessoas que usam uma GoPro ou que enchem grandes cartões de memórias com câmeras DSLR.

“Queremos eliminar todo o atrito normalmente associado à edição e ao compartilhamento de fotos e vídeos”, disse Feess. A pequena caixa tem uma porta USB3 e slots para cartões SD e microSD.

O aparelho armazena 128GB de conteúdo e seu aplicativo de edição para o iPhone é feito para manipular enormes arquivos de vídeo 4k e arquivos de foto RAW.

A GoPro tem um aplicativo próprio de edição, mas a plataforma passou a oferecer edição apenas após uma atualização recente e Feess diz que ela não é tão amigável aos arquivos grandes.

Com o cartão de memória inserido, o iPhone de Feess foi conectado por Wi-Fi ao Gnarbox e ele começou a passar centenas de fotos e vídeos - Brooklyn no inverno, Woodrow, o labrador maravilhoso, e uma recente viagem à Itália -. “Uau, você tem bastante coisa aqui”, disse ele.

“Na verdade, isso é bom. O fato de conseguirmos gerenciar uma montanha de arquivos é uma das coisas que nós realmente precisamos ressaltar”.

Com alguns movimentos ele recortou clipes de vídeo de alta definição, combinou os arquivos, aplicou um filtro, reduziu o gradiente e salvou a montagem completa no rolo da câmera do iOS.

Um instante depois, Feess já tinha o vídeo no Instagram e me enviou uma versão por meio do AirPlay.

US$ 200 mil

A equipe do produto recorreu ao Kickstarter esperando captar cerca de US$ 200.000 até meados de agosto. Atingiu a marca em cinco dias e tinha US$ 541.000 em compromissos quando a janela de financiamento foi encerrada.

A teoria sobre a existência de um mercado estava sendo comprovada - pelo menos entre as 3.000 pessoas ou mais que participaram da campanha.

A maioria delas fotografa atividades ou esportes ao ar livre, segundo uma pesquisa da empresa do Gnarbox. Dois terços delas possuíam câmeras GoPro e quase 70 por cento usavam mais de uma câmera.

A entrada de capital trouxe um renovado interesse dos investidores e provocou até mesmo negociações com a GoPro para uma aquisição ou algum tipo de parceria financeira, segundo Feess (a GoPro não respondeu os pedidos de comentário).

Enquanto isso, a empresa do Gnarbox mantém cinco engenheiros correndo para terminar algumas melhorias - entre elas, adicionar opções de música à plataforma de edição, criar um aplicativo para o Android e tornar possível a edição sem a necessidade de ter o Gnarbox por perto.

Sem dúvida, essa coisa não é infalível. De fato, nem chega a ser uma coisa.

O aparelho que Feess sincronizou com a nossa câmera na quinta-feira era uma espécie de versão beta Frankenstein com cabos e portas que se estendiam por toda parte.

O produto final, com preço de tabela de US$ 249, deverá ser entregue apenas depois de março.

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Quando apresentou a papelada para uma oferta pública inicial, em novembro, a gigante das câmeras de ação GoPro se vangloriou pelo fato de seus clientes terem subido o equivalente a cerca de 2,8 anos em vídeos ao YouTube em 2013.

O número parecia impressionante na época, pelo menos até alguém fazer a matemática com base nas cerca de 8 milhões de câmeras em circulação. O volume subido ao serviço foi calculado em algo em torno de 12 segundos por câmera.

Tim Feess, um analista de bonds de 26 anos que estava atrás de uma ideia de negócio, leu essa métrica e enxergou um mercado.

“Na verdade não é tanto assim”, explicou Feess. “Ficou claro que as pessoas simplesmente não estavam superando o problema do gerenciamento e do uso de suas filmagens”.

Adiantamos a história em 10 meses e Feess está em Nova York, conectando um cartão de memória da Bloomberg em um pedaço de hardware do tamanho de um Walkman.

Chamado de Gnarbox, o aparelho é dividido em partes iguais de disco rígido, hotspot wi-fi, leitor de cartão de memória e, quando sincronizado com um smartphone , ilha de edição.

Ele é pensado para permitir que as pessoas armazenem, editem e compartilhem rapidamente filmagens de lugares onde não estão propensas a transportar um laptop - um teleférico, uma praia remota ou o estacionamento do estádio da equipe de futebol americano do Buffalo Bills.

O aparelho pode não ser suficiente para acabar com o caso de amor do iPhone com o Instagram, mas poderá ser útil para as milhões de pessoas que usam uma GoPro ou que enchem grandes cartões de memórias com câmeras DSLR.

“Queremos eliminar todo o atrito normalmente associado à edição e ao compartilhamento de fotos e vídeos”, disse Feess. A pequena caixa tem uma porta USB3 e slots para cartões SD e microSD.

O aparelho armazena 128GB de conteúdo e seu aplicativo de edição para o iPhone é feito para manipular enormes arquivos de vídeo 4k e arquivos de foto RAW.

A GoPro tem um aplicativo próprio de edição, mas a plataforma passou a oferecer edição apenas após uma atualização recente e Feess diz que ela não é tão amigável aos arquivos grandes.

Com o cartão de memória inserido, o iPhone de Feess foi conectado por Wi-Fi ao Gnarbox e ele começou a passar centenas de fotos e vídeos - Brooklyn no inverno, Woodrow, o labrador maravilhoso, e uma recente viagem à Itália -. “Uau, você tem bastante coisa aqui”, disse ele.

“Na verdade, isso é bom. O fato de conseguirmos gerenciar uma montanha de arquivos é uma das coisas que nós realmente precisamos ressaltar”.

Com alguns movimentos ele recortou clipes de vídeo de alta definição, combinou os arquivos, aplicou um filtro, reduziu o gradiente e salvou a montagem completa no rolo da câmera do iOS.

Um instante depois, Feess já tinha o vídeo no Instagram e me enviou uma versão por meio do AirPlay.

US$ 200 mil

A equipe do produto recorreu ao Kickstarter esperando captar cerca de US$ 200.000 até meados de agosto. Atingiu a marca em cinco dias e tinha US$ 541.000 em compromissos quando a janela de financiamento foi encerrada.

A teoria sobre a existência de um mercado estava sendo comprovada - pelo menos entre as 3.000 pessoas ou mais que participaram da campanha.

A maioria delas fotografa atividades ou esportes ao ar livre, segundo uma pesquisa da empresa do Gnarbox. Dois terços delas possuíam câmeras GoPro e quase 70 por cento usavam mais de uma câmera.

A entrada de capital trouxe um renovado interesse dos investidores e provocou até mesmo negociações com a GoPro para uma aquisição ou algum tipo de parceria financeira, segundo Feess (a GoPro não respondeu os pedidos de comentário).

Enquanto isso, a empresa do Gnarbox mantém cinco engenheiros correndo para terminar algumas melhorias - entre elas, adicionar opções de música à plataforma de edição, criar um aplicativo para o Android e tornar possível a edição sem a necessidade de ter o Gnarbox por perto.

Sem dúvida, essa coisa não é infalível. De fato, nem chega a ser uma coisa.

O aparelho que Feess sincronizou com a nossa câmera na quinta-feira era uma espécie de versão beta Frankenstein com cabos e portas que se estendiam por toda parte.

O produto final, com preço de tabela de US$ 249, deverá ser entregue apenas depois de março.

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