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Garmin aumenta concorrência contra Apple com tecnologia militar

O CEO da suíça Garmin atribuiu o sucesso de seus dispositivos à incorporação de recursos ignorados por outros fabricantes

Apple: rival Garmin avança oferecendo recursos diferentes em seus dispositivos (Leonhard Foeger/Reuters)

Lucas Agrela

Publicado em 3 de setembro de 2019 às 16h00.

Última atualização em 3 de setembro de 2019 às 16h00.

Se uma empresa quiser ultrapassar a Apple e seus acessórios vestíveis, ou "wearable", precisa vender para todo mundo, de pescadores a pilotos militares.

Essa é a mensagem do presidente da Garmin , fabricante de acessórios de ginástica e GPS , cujas ações subiram mais de 25% desde janeiro, enquanto os papéis da rival Fitbit atingiram recorde de baixa.

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"Os produtos que vencem são aqueles que podem se diferenciar das massas", disse Clifton A. Pemble, em entrevista. Os wearables da Garmin, que custam entre US$ 70 e US$ 1.500, são projetados para ajudar atletas a monitorar atividades e saúde.

A Garmin, que tem sede em Schaffhausen, na Suíça , vende rastreadores de atividades vestíveis desde 2003, que nunca precisaram ser emparelhados com um modelo específico de celular para funcionar. Relógios como o Garmin Forerunner ajudam atletas a determinar se estão treinando demais ou pouco, monitoram a marcha de corrida e os padrões de sono à noite, além de tocar música e exibir mensagens.

Produtos como o Apple Watch , por outro lado, eram originalmente comercializados como acessórios de luxo no mercado de massa, exigindo o uso do iPhone para funcionar.

Mas isso está mudando. Embora os recursos de fitness sempre tenham sido um aspecto importante do Apple Watch, a empresa se tornou mais otimista com a perspectiva de seu wearable ser usado como ferramenta de saúde independente. O modelo mais novo já pode realizar eletrocardiografia móvel e detectar possíveis problemas cardíacos.

Mas, apesar da crescente concorrência, a Garmin aumentou sua estimativa para 2019 em julho, dizendo que agora espera receita de cerca de US$ 3,6 bilhões, acima dos US$ 3,5 bilhões estimados em fevereiro.

O CEO da Garmin atribuiu o sucesso de seus dispositivos à incorporação de recursos ignorados por outros fabricantes. Um analista diz que a experiência da empresa em outras áreas - como painéis de voo e monitores touchscreen para caças militares - reforça o potencial de seus outros dispositivos.

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