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Gamificação é alternativa ao uso de slides enfadonhos

Apresentar conteúdo em jogos pode ajudar em treinamentos de empresas

. (Reprodução/Getty Images)
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Ariane Alves

Publicado em 20 de outubro de 2018 às 05h55.

Última atualização em 20 de outubro de 2018 às 05h55.

São Paulo – Processos de treinamento de funcionários podem ser longos e improdutivos. A apresentação de conteúdos complexos e importantes na realidade das empresas geralmente é feita com o auxílio de slides durante sessões em que um treinador fala para vários empregados, que precisam compreender corretamente o conteúdo para aplicá-lo no cotidiano. Esse método, no entanto, nem sempre é eficaz, pois a quantidade de informação retida pelos funcionários pode não ser tão alta quanto o esperado.

Com isso em mente, desenvolvedores da startup brasileira Kludo criaram uma plataforma focada em apresentar jogos como solução para engajar participantes de treinamentos e outros processos que necessitam mostrar uma série de informações para os usuários. Os jogos funcionam como “ferramentas de autoria”, em que o próprio usuário - no caso, as empresas - pode construir seu conteúdo por meio dos templates disponíveis, acrescentando textos, imagens e vídeos.

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O efeito imediato da adoção do sistema é a redução do tempo nos treinamentos, que chegou a 20% em operadoras de call center, segundo o CEO da startup, Daniel Sgambatti. Outros segmentos de atuação da empresa, que está há um ano no ramo, inclui bancos, indústria farmacêutica e varejo.

Em um estudo das Universidades de Munique Ludwig-Maximilians e de Giessen, na Alemanha, pesquisadores identificaram que a gamificação, por si só, não é efetiva, mas que diferentes designs de jogos podem ativar gatilhos de motivação–o que pode ser bom para empresas.

Apesar de parecer uma boa opção, o uso da gamificação em ambientes corporativos ainda enfrenta certo receio por parte das equipes. “Por que não pode ser divertido tratar de questões importantes no ambiente de trabalho?”, questiona Sgambatti, em entrevista a EXAME. “Na minha opinião, só por convenção social, porque se decidiu que trabalho é um lugar onde só se pode agir de maneira séria, sisuda, sendo que é neuro-cientificamente comprovado que aprendemos melhor quando estamos relaxados”, explica.

 

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