G-77 exige fim da espionagem dos EUA
Grupo emitiu uma nota na qual disse ver com preocupação que alguns países tenham realizado tais atividades
Da Redação
Publicado em 16 de junho de 2014 às 06h08.
O grupo G-77 mais a China exigiu o fim da espionagem e da interceptação das comunicações pelos EUA. Ao fim da reunião, em Santa Cruz, o grupo emitiu uma nota na qual disse ver com preocupação que alguns países tenham realizado tais atividades, consideradas arbitrárias e ilegais.
O encontro do grupo começou no sábado, com a presença dos chefes de Estado de Argentina, Equador, Peru, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Cuba, El Salvador, Gabão, Guiné Equatorial, Zimbábue, Bangladesh, Sri Lanka e Ilhas Fiji. O grupo teve início em 1964, com 77 países, e agora tem 133 Estados membros.
Sacha Llorenti, embaixador da Bolívia na Organização das Nações Unidas (ONU), também destacou que o grupo observa com preocupação a informação publicada nos meios de comunicação sobre os objetivos da rede social Zunzuneo, instalada pelos EUA em Cuba. Segundo o documento divulgado pelo grupo, ela "constitui uso ilícito das novas tecnologias da informação e da comunicação".
Segundo publicado pela Associated Press, a rede Zunzuneo tinha como objetivo conduzir os jovens da ilha de Cuba à dissidência.
O grupo também denunciou a pobreza extrema em algumas zonas dos participantes. "Destacamos conjuntamente que a erradicação da pobreza é o maior problema que afronta o mundo na atualidade. Consideramos que a máxima prioridade é a erradicação da pobreza na agenda de desenvolvimento das Nações Unidas para depois de 2015."
No início do debate, o presidente do Uruguai, José Mujica, pediu que o grupo combata a cultura do desperdício, que segundo disse está convertendo os países pobres em imitadores do consumismo das nações ricas, ajudando a destruir o planeta. Fonte: Associated Press.