Fundador do Orkut quer reviver rede social com executivos brasileiros
Orkut Buyukkokten está no Brasil para participar de um evento no Rio de Janeiro, e disse que gostaria de algo como o Orkut de volta
Redação Exame
Publicado em 14 de agosto de 2024 às 10h54.
O Orkut, famosa rede social do Google nos anos 2000 e, de certa forma, que começou uma nova era de conexões e relacionamentos entre pessoas, esteve entre os assuntos mais comentados no X na última segunda-feira, 12. Isso aconteceu depois que usuários brasileiros passaram a relembrar sobre como as comunidades, ou fóruns de discussão, funcionavam no site. No começo de vida do Orkut, novos membros só eram aceitos se recebessem "convites" de quem já estava lá, o que tornava o acesso mais ainda mais disputado.
Uma das comunidades mais famosas e populares era a"Eu Odeio Acordar Cedo" com 6.106.958 membros.
Curiosamente, o fundador da rede social, o engenheiro turco Orkut Buyukkokten, está no Brasil e acompanhou o momento em que seu antigo site voltou a ser mencionado pelos brasileiros depois de uma postagem de um usuário no X ter alcançado 2 milhões de visualizações e centenas de comentários. Buyukkokten participa do "Rio Innovation Week" nesta quarta-feira, 14.
Ele contou ao G1 que espera retornar com a antiga rede social em breve. Com um detalhe:além de profissionais do Vale do Silício, ele deve recrutar executivos de São Paulo.
"Acho que todos nós queremos algo como oOrkutde volta. As pessoas se lembram das comunidades que construíram e se lembram do espírito autêntico. Acho que nunca houve um momento melhor para trazer essa experiência autêntica de volta ao mundo porque as redes sociais se transformaram em mídia social. Em vez de conectar pessoas, criar comunidades, é sobre profissionais de marketing, corporações e influenciadores. E como todo mundo, eu adoraria que oOrkutvoltasse em breve", disse ao G1.
O fundador não quis falar a data exata para o retorno do Orkut. O site oficial do Orkut, extinto em 2014, estáreativado desde 2022 com uma mensagem em inglês e português,avisando que algo novo estava sendo construído. Voltou ao ar, na verdade, logo depois que Elon Musk comprou o então Twitter, hoje X.
"Se você olhar para as mídias sociais hoje, são plataformas muito diferentes, como Facebook e Instagram. Elas priorizam o lucro sobre a segurança e elas realmente lucram com a negatividade e a raiva porque as emoções negativas mantêm as pessoas afastadas por mais tempo, o que significa que elas passam mais tempo olhando anúncios e essas empresas conseguem lucrar mais exibindo anúncios e também coletando e vendendo dados. As mídias sociais são tão tóxicas agora", falou Orkut Buyukkokten ao portal da Globo.