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França critica as condições para criação de moeda do Facebook

O ministro de Economia e Finanças da França afirmou que a criptomoeda Libra não pode se tornar uma moeda soberana

Facebook: nesta terça-feira, o porta voz da Libra falou no Senado dos EUA (Stephen Lam/Reuters)

Facebook: nesta terça-feira, o porta voz da Libra falou no Senado dos EUA (Stephen Lam/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de julho de 2019 às 09h46.

Última atualização em 17 de julho de 2019 às 09h46.

O ministro de Economia e Finanças da França, Bruno Le Maire, disse nesta quarta-feira que a criação de criptomoedas estará no foco do encontro entre ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G7, grupo que reúne as sete economias mais avançadas do mundo. Conversando com repórteres às margens do encontro, em Chantilly, França, Le Maire afirmou que as condições para a criação da Libra, criptomoeda do Facebook e de mais outras empresas, não estão satisfatórias neste momento.

Le Maire também apontou que a Libra não pode se transformar em uma moeda soberana. "Uma de nossas prioridades na reunião de hoje é conter os riscos colocados por novas moedas, como a Libra do Facebook", afirmou o ministro francês. Além disso, Le Maire apontou que o encontro financeiro do G7 será palco de debates sobre impostos aplicados a empresas de tecnologia, uma vez que há um desacordo entre a França e os Estados Unidos após Paris implementar um imposto de 3% sobre o faturamento de giant techs em solo francês.

De acordo com Le Maire, chegar a um acordo tributário digital será difícil, dado que a posição dos EUA se tornou "mais dura". O ministro, contudo, disse que o debate sobre o tema no G7 será decisivo, embora tenha ressaltado que não haverá um imposto global sem um acordo entre os membros do grupo. Le Maire assegurou que a França está disposta a cancelar a taxa de 3% se um acordo global sobre a avaliação das gigantes de tecnologia for alcançado.

"Vamos convidar [o secretário do Tesouro dos EUA, Steven] Mnuchin a acelerar os esforços para definir a taxação do século 21, invés de ameaçar com sanções e represálias que não são as melhores políticas entre aliados", disse o francês. Após a imposição do imposto francês, os EUA iniciaram uma investigação sobre a taxa, que deve afetar, principalmente, empresas como Google, Amazon, Facebook e Apple.

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