Tecnologia

Fim do Wave mata inovação do Google

Desde que assumiu como CEO, no início do ano, Larry Page adotou uma política de desativar iniciativas pequenas ou de pouco sucesso, como o Wave

Quando foi apresentado pela primeira vez, no Google I/O de 2009, uma multidão de internautas ficou boquiaberta com o potencial que o serviço poderia ter (Divulgação)

Quando foi apresentado pela primeira vez, no Google I/O de 2009, uma multidão de internautas ficou boquiaberta com o potencial que o serviço poderia ter (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2011 às 08h28.

São Paulo - O Google Wave vai acabar de vez e ninguém vai chorar. Pois muita gente deveria, porque, com o fim do serviço, morre também o antigo jeito de inovar do Google.

O Wave marcou o auge da cultura empreendedora de Mountain View. Quando foi apresentado pela primeira vez, no Google I/O de 2009, uma multidão de internautas ficou boquiaberta com o potencial que poderia ter. Era o e-mail do futuro, nas palavras de um dos seus criadores, Lars Rasmussen. Todo mundo queria usar, todo mundo queria testar. Mas ninguém podia. O serviço demorou a ficar pronto, e não eram poucos os bugs. A decepção foi generalizada.

Ainda assim, o Wave era um produto típico do Google dos velhos tempos. Os engenheiros podiam desenvolver alguma coisa totalmente nova, botar no ar e esperar para ver. Do ponto de vista da empresa, não havia problemas se não funcionasse, muito menos uma cobrança para que desse certo. O Gmail, o Orkut, o Reader e vários serviços usados até hoje começaram assim. Muitos outros, como o Wave, foram para o limbo.

Desde que Larry Page assumiu como CEO, no início do ano, iniciativas pequenas ou de pouco sucesso passaram a ser desativadas. A justificativa é que, assim, a empresa pode se concentrar nos produtos que realmente interessam. É bem provável que tenha acabado a era das ideias malucas que viravam coisa séria. Produtos novos, como o Google+, nascem mais bem acabados, sem aquele selo Beta dos velhos tempos.

Agora, o Google cuidará prioritariamente do Android, das buscas, do Chrome, da publicidade, do YouTube e do Google+. Vai continuar a inovar, provavelmente com um ritmo bem menor do que antes e de um jeito totalmente diferente, mais burocrático. Muitos dos engenheiros que não concordam com isso, como o próprio Lars Rasmussen, foram trabalhar em outra empresa: o Facebook.

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