Tecnologia

Fifa quer tecnologia que esclarece gols duvidosos na Copa de 2014

A tecnologia detecta quando a bola ultrapassa a linha do gol

A Seleção em campo: não vai ser fácil ganhar nos gramados — e ainda mais difícil será ganhar fora deles (Martin Rose/Getty Images)

A Seleção em campo: não vai ser fácil ganhar nos gramados — e ainda mais difícil será ganhar fora deles (Martin Rose/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2011 às 19h44.

São Paulo - O presidente da Fifa, Joseph Blatter, disse que gostaria de usar uma tecnologia que detecta quando a bola ultrapassa a linha do gol na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, se um sistema adequado for encontrado. A declaração foi dada nesta sexta-feira quando os membros da International Board (IFAB, na sigla em inglês) - responsável pelas regras do futebol - concordaram em prorrogar os testes em um ano, após dez sistemas analisados não cumprirem os requisitos da Fifa, quando foram testados no mês passado.

Blatter mostrou ter mudado sua postura contrária ao auxílio tecnológico aos árbitros ao citar um gol que não foi validado para a Inglaterra contra a Alemanha, em jogo das oitavas de final da Copa do Mundo de 2010, apesar de a bola cruzar a linha claramente. Ele classificou a situação como um "flagrante e imenso erro".

O gol teria empatado a partida em 2 a 2, mas a Alemanha acabou vencendo por 4 a 1. Em uma tentativa de erradicar tais erros na Copa de 2014, a International Board disse que mais testes serão feitos. "Com relação à tecnologia na linha do gol, vamos continuar com as experiências técnicas e, em seguida, trazer de volta este item para a reunião da IFAB no próximo ano em Londres e, em seguida uma decisão final será tomada", disse Blatter, referindo-se ao encontro de 2012.

"Se funcionar, definitivamente, o conselho vai dizer sim à tecnologia. E se a diretoria diz que sim, então não há problema nenhum, então não deve haver problema de tê-lo em 2014", afirmou. "[Mas] eu tenho que restringir o meu otimismo natural e vir um pouco para trás porque os testes que tivemos até agora não são conclusivos".

A Associação de Futebol da Inglaterra (FA, na sigla em inglês), que possui um dos oito votos da International Board, ficou insatisfeita com a decisão dos testes serem apenas prorrogados. "Não é perfeito, porque queríamos que a regra da tecnologia na linha do gol ser adotada", disse Alex Horne, o secretário-geral da FA.

"Minha posição preferida era aceitarmos a regra e aguardar a tecnologia provar a si mesma. Estamos agora na posição onde eles querem olhar a tecnologia em diferentes ambientes e depois vamos tomar uma decisão em março do próximo ano. É por isso que reunião do próximo ano será muito importante", completou.

A International Board aprovou o uso de dois árbitros assistentes adicionais na Eurocopa de 2012, na Polônia e na Ucrânia, após testes bem sucedidos com na Liga Europa. O sistema também poderá ser utilizado na Copa do Mundo, disse Blatter. "É com muito otimismo que teremos árbitros adicionais para 2014", afirmou.

Em uma decisão que vai desagradar alguns jogadores, a International Board proibiu os jogadores de usarem uma proteção no pescoço contra o frio, chamada de "snood", a partir de julho. "Não houve sequer uma discussão porque isso não faz parte do uniforme e pode ser perigoso", disse Blatter.

A International Board é uma entidade de 125 anos, composto por dirigentes da Inglaterra, da Irlanda Norte, País de Gales, e Escócia, além da Fifa, representando o futebol das outras nações e os árbitros, treinadores e jogadores de todo o mundo. Cada membro britânico tem um voto e a Fifa tem quatro. Uma proposta de nova regra precisa de seis votos para ser aprovada.

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