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Internet banking é mais usado que agências, diz Febraban

Segundo presidente da Febraban, em 2012, transações feitas via Internet Banking representaram 39% do total de transações bancárias


	Celular e computador: presidente da Febraban destaca que aumento da participação das transações não presenciais é marcante nos últimos cinco anos
 (Reprodução)

Celular e computador: presidente da Febraban destaca que aumento da participação das transações não presenciais é marcante nos últimos cinco anos (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2013 às 14h24.

São Paulo - As transações em Internet Banking e POS (Point of Sale, na sigla em inglês têm registrado crescimento próximo de 25% ao ano e já supera a utilização dos canais mais tradicionais, disse nesta terça-feira, 29, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, durante discurso que abriu o 8º Congresso de Meios de Pagamento (CMEP) que a Federação realiza em São Paulo em parceria com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

"No ano passado, a soma das transações via internet e Mobile Banking já ultrapassou as feitas por meio de canais tradicionais, como agências, atendimento telefônico e ATM, na preferência dos clientes para suas transações financeiras", disse Portugal.

Segundo ele, em 2012, as transações feitas via Internet Banking representaram 39% do total de transações bancárias, tornando-se o canal preferido pelos clientes.

"As transações por Mobile Banking, que ainda está na primeira infância, representam 2,3% do número total de transações. Contudo, o número de contas correntes com uso desse canal mais que dobrou, chegando a 6 milhões de contas no ano passado", disse o presidente da Febraban.

Portugal destaca que esse aumento da participação das transações não presenciais é marcante nos últimos cinco anos, período em que o volume de transações em Internet Banking aumentou 23,7% ao ano. "O usuário de Internet Banking realiza, em média, 3,2 vezes o volume de transações que os clientes em geral - número que tem crescido 4,1% ano a ano", informou.

De acordo com ele, o número de usuários de Mobile Banking cresceu 2,7 vezes em relação ao ano anterior. "O volume de transações nesse canal também aumentou de maneira vertiginosa, a 223,4% ao ano, ainda que apenas 2,6% das transações realizadas sejam com movimentação financeira", observou o presidente da Febraban.

Estes números e este contexto, de acordo com Murilo Portugal, mostram que os bancos devem investir na maximização do uso de Internet Banking, promover ao consumidor uma experiência cada vez mais amigável nesse canal, ofertar produtos e serviços que melhor se encaixem nesse meio.


Agências

O aumento da utilização de meios eletrônicos nas transações bancárias está levando à redução do ritmo da expansão dos canais mais tradicionais, agências, Postos de Atendimento Bancário (PABs) e Postos de Atendimento Eletrônico (PAEs), disse Portugal.

De acordo com o executivo, depois de ter crescido 6% em 2011, estes canais se expandiram 2% em 2012. "Particularmente, a participação de transações nas agências bancárias, com crescimento hoje de 3% ao ano, perdeu 7 pontos percentuais de participação no volume total de transações desde 2008", disse Portugal.

Ainda assim, segundo ele, como aconteceu ao longo dos últimos anos, esses canais tradicionais, incluindo as agências, tendem a manter um crescimento continuo em função da maior bancarização no Brasil. A evolução da bancarização, de acordo com Portugal, é evidenciada pelo crescimento de contas correntes e cadernetas de poupança. "O número de contas correntes cresceu 6% no ultimo ano, para chegar a 97 milhões, e as cadernetas de poupança tiveram um aumento de 4%, chegando a 102 milhões", afirmou o presidente da Febraban.

Segundo Portugal, no ritmo atual, em uma década o Brasil alcançará níveis de bancarização iguais aos da Grã-Bretanha e da Espanha. "É claro que a bancarização acentuada dos últimos anos foi movida pelo crescimento da renda e do emprego, pela expansão do crédito que a estabilidade monetária e melhorias institucionais ensejaram.

No entanto, a disseminação dos meios eletrônicos de pagamento é, hoje, reconhecidamente também um propulsor da bancarização, entre outros motivos pelo custo muito menor do que os derivados da fabricação, distribuição e processamento do dinheiro em espécie", disse Portugal.

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