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Facebook usa inteligência artificial para combater exploração infantil

Reconhecimento de conteúdo abusivo em imagens tem sido reportado às autoridades

. (Philippe Wojazer/Reuters)
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Ariane Alves

Publicado em 24 de outubro de 2018 às 14h27.

São Paulo - Em um post publicado hoje (24) no blog oficial da empresa, o Facebook detalhou como usa a tecnologia para combater a exploração sexual de crianças na plataforma. Além da prática comum para o cadastro de redes sociais , que exige a confirmação da idade mínima de 13 anos para entrar na rede social, o Facebook também usa técnicas de inteligência artificial e aprendizagem de máquina (machine learning) para identificar possíveis infrações e reportar às autoridades americanas.

O objetivo da plataforma é ajudar no combate à exploração infantil. Para isso, a empresa de Mark Zuckerberg realiza buscas ativas por imagens que contenham nudez infantil e reporta o que encontra ao Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas dos Estados Unidos (NCMEC). As contas que postam ou compartilham esse tipo de conteúdo são sinalizadas e são analisadas pelo time revisor da rede social.

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O chefe global de segurança do Facebook, Antigone Davis, que assina o comunicado oficial, detalha que a empresa também sinaliza a nudez infantil não sexual, como imagens de crianças no banho. Segundo ele, a empresa removeu 8,7 milhões de conteúdos que violaram as políticas de nudez infantil ou exploração sexual de crianças, 99% das quais foram removidas antes que alguém as denunciasse.

A empresa já enfrentou polêmicas sobre o assunto, como sua negligência quanto à restrição de idade e a sugestão de conteúdo sexual envolvendo crianças nos resultados de busca da plataforma. O anúncio de hoje é, portanto, uma maneira de a plataforma mostrar que se preocupa com a questão. Vale notar que nem sempre os algoritmos do Facebook funcionam de forma satisfatória. O contexto pode não ser levado em conta. Um exemplo disso aconteceu no final de agosto, quando uma foto, que continha crianças nuas, f oi removida pela empresa de uma publicação do Anne Frank Center. O registro histórico voltou ao ar após uma reclamação da entidade.

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