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Facebook usa inteligência artificial contra propaganda extremista

O objetivo, segundo a rede social, é que "o Facebook seja um lugar hostil para os terroristas"

Facebook: os esforços também abrangem suas outras plataformas, como o Instagram (Thomas Hodel/Reuters)

Facebook: os esforços também abrangem suas outras plataformas, como o Instagram (Thomas Hodel/Reuters)

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AFP

Publicado em 16 de junho de 2017 às 09h03.

O Facebook, frequentemente acusado de não fazer o suficiente para combater a propaganda extremista islâmica, anunciou nesta quinta-feira novas medidas para barrar publicações que fizerem apologia ao terrorismo, nas quais a inteligência artificial terá um papel-chave.

"Queremos que o Facebook seja um lugar hostil para os terroristas", disse à rede social em seu blog, em um post intitulado "Como lutamos contra o terrorismo".

O grupo, assim como outros gigantes da Internet, enfrenta regularmente pressões de governos, que pedem que lutem de forma mais eficaz contra esse tipo de conteúdo.

No fim de maio, líderes do G7 aumentaram a pressão sobre os principais grupos da Internet.

"Eliminamos as publicações terroristas ou que fazem apologia ao terrorismo assim que tomamos conhecimento" delas, informou o Facebook nesta quinta-feira.

"Mas sabemos que podemos fazer mais no uso da tecnologia - sobretudo da inteligência artificial - para frear a propaganda de conteúdos terroristas no Facebook", continuou a rede social, segundo a qual por enquanto se concentra no grupo Estado Islâmico e na rede Al Qaeda.

Estas ferramentas permitem identificar melhor as imagens questionáveis. "Quando alguém tenta postar uma foto ou um vídeo (de caráter) terrorista, nossos sistemas determinam se estas imagens são idênticas" às imagens claramente "terroristas".

Se for o caso, a baixa e bloqueia, explicou o Facebook.

O grupo também usa a inteligência artificial para identificar textos que fariam apologia ao terrorismo. Para desenvolver os algoritmos, o Facebook utiliza textos de propaganda de grupos jihadistas para ensinar aos seus sistemas identificá-los melhor, explicou a companhia, acrescentando que se tratam ainda de "experiências".

O Facebook informou que seus esforços também abrangem suas outras plataformas, como o Instagram.

Embora tenha admitido que a tecnologia não pode substituir a experiência humana, o Facebook sustentou que o número de funcionários encarregados da gestão de conteúdo aumentará em 3.000 no ano que vem, chegando a 7.500.

No fim de 2016, Facebook, Twitter, Microsoft e Youtube anunciaram a criação de uma base de dados comum que reunisse "marcas digitais" de certas imagens que foram retiradas de uma ou de outra de suas plataformas.

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