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Facebook suspende 400 aplicativos em investigação de dados

Número representa quase o dobro de remoções que a empresa já havia feito

. (Philippe Wojazer/Reuters)

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Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 23 de agosto de 2018 às 17h30.

Última atualização em 23 de agosto de 2018 às 19h38.

Facebook afirmou que investigou milhares de aplicativos e suspendeu 400 desde o escândalo de vazamento de dados de um desenvolvedor em março.

Isso é aproximadamente o dobro do número que a empresa disse ter removido anteriormente. O Facebook agiu “devido a preocupações em relação aos desenvolvedores que os criaram ou a como as informações que as pessoas compartilharam com o aplicativo podem ter sido usadas -- o que agora estamos investigando muito mais profundamente”, afirmou a empresa em uma postagem na quarta-feira.

Uma dessas investigações, em um aplicativo chamado myPersonality, resultou em uma proibição total porque o aplicativo não colaborou com uma auditoria e “porque está claro que eles compartilharam informações com pesquisadores e empresas que têm proteções limitadas”. As quatro milhões de pessoas que compartilharam suas informações com myPersonality, um aplicativo de teste de personalidade que estava ativo desde antes de 2012, serão notificadas através de seus perfis do Facebook, disse o gigante das redes sociais.

O Facebook está elevando os padrões de privacidade, especialmente no que diz respeito aos relacionamentos com os desenvolvedores, depois de revelações neste ano de que a Cambridge Analytica, uma empresa de consultoria política, obteve informações de cerca de 85 milhões de usuários do Facebook sem permissão, por meio do fabricante de um aplicativo de personalidade. Essa revelação desencadeou um exame público minucioso do Facebook, que incluiu um depoimento do CEO, Mark Zuckerberg, no Congresso dos EUA.

Nesse meio-tempo, a empresa teve que lidar com a reputação de um de seus próprios aplicativos. O Facebook disse na quarta-feira que removeu seu aplicativo Onavo da loja de aplicativos da Apple, depois que a Apple mudou as regras para proibir o tipo de coleta de dados que estava sendo feito pelo Onavo. O aplicativo, quando instalado, usa uma rede virtual privada para verificar a atividade na internet, o que permite que o Facebook tenha um retorno sobre a popularidade de aplicativos concorrentes e tome decisões sobre quais tipos de produto comprar ou criar.

“Com a recente atualização das nossas diretrizes, deixamos explicitamente claro que os aplicativos não devem coletar informações sobre quais são os outros aplicativos que estão instalados no dispositivo de um usuário para fins de análise ou publicidade/marketing e devem deixar claro quais dados dos usuários serão coletados e como serão usados”, disse a Apple em comunicado sobre o Onavo.

O Facebook afirmou que sempre deixou claro como os dados coletados pelo Onavo seriam usados.

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