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Facebook, Instagram e Twitter bloqueiam páginas do deputado Daniel Silveira

Os bloqueios aconteceram após ordem do ministro Alexandre de Moraes do STF; Silveira foi preso por divulgar vídeo com ataques aos integrantes da Corte

Daniel Silveira: o destino de Silveira está agora nas mãos da Câmara dos Deputados (Maryanna Oliveira/Agência Câmara)

Daniel Silveira: o destino de Silveira está agora nas mãos da Câmara dos Deputados (Maryanna Oliveira/Agência Câmara)

AM

André Martins

Publicado em 19 de fevereiro de 2021 às 13h07.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2021 às 13h48.

Os perfis no Facebook, Instagram e Twitter do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) foram bloqueados nesta sexta-feira, 19. A ordem de bloqueio das contas partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), depois que o parlamentar foi preso por divulgar vídeo com ataques aos integrantes da Corte e defesa da ditadura militar.

No Facebook, a página do deputado exibe um alerta que diz que "esta página não está disponível". O link do perfil dele no Instagram, aplicativo que pertence ao Facebook, mostra uma mensagem de "perfil restrito". O Twitter mostra que a contra foi "retida" em resposta a uma demanda legal.

A assessoria de imprensa do parlamentar informou que as contas foram fechadas e falou em censura. "O Instagram do deputado Daniel Silveira foi totalmente fechado para seus seguidores, ou seja, CENSURADO. Estamos testando as demais plataformas", diz um comunicado publicado no Twitter, antes do bloqueio do perfil.

Twitter bloqueado Daniel Silveira

(Twitter)

A reportagem entrou em contato com o Instagram e Facebook, que não comentaram o bloqueio. O Twitter disse apenas que cumpriu a ordem judicial. Os perfis não foram excluídos, apenas suspensos, o que na prática significa que podem ser reativados.

Integrante da ala bolsonarista do PSL, Daniel Silveira é investigado nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos, ambos em curso no STF. Ele foi preso após publicar um vídeo em suas redes sociais fazendo apologia ao AI-5 e discurso de ódio contra ministros do tribunal. Depois disso, a gravação foi removida do canal de YouTube do deputado por 'violar a política sobre assédio e bullying' da plataforma.

Além da prisão, o vídeo lhe rendeu uma denúncia, formalizada pela Procuradoria-Geral da República, por grave ameaça e incitação de animosidade entre o Supremo Tribunal Federal e as Forças Armadas.

A prisão do deputado foi chancelada em seguida por unanimidade pelos 11 ministros do Supremo.

O destino de Silveira está agora nas mãos da Câmara dos Deputados. O plenário vai decidir sobre a prisão nesta sexta-feira, 19. A tendência é manter o parlamentar na cadeia: apenas três lideranças, do PSL, PTB e Novo, orientaram as bancadas a votar pela soltura.

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