Imagem de arquivo: Os bancos de dados geralmente não dizem por que um determinado conteúdo foi removido e apenas o Facebook mostra cópias de anúncios proibidos (Dado Ruvic/Divulgação)
Reuters
Publicado em 7 de novembro de 2018 às 11h20.
Última atualização em 7 de novembro de 2018 às 11h56.
São Francisco - Bancos de dados públicos que colocam luz sobre anúncios políticos online - lançados pelo Facebook e Google antes das eleições parlamentares norte-americanas de terça-feira - ofereceram ao público a primeira visão ampla do quão rapidamente as empresas removem anúncios que violam regras de suas plataformas.
Os bancos de dados também forneceram informações sem precedentes sobre o marketing online de candidatos, permitindo que eles capitalizassem as fraquezas de oponentes, disseram estrategistas políticos à Reuters.
Cinco estrategistas de campanha disseram à Reuters que ajustaram as táticas de publicidade nas últimas semanas, com base no que os bancos de dados revelaram sobre os gastos dos adversários em anúncios e quais gêneros, faixas etárias e Estados viram as mensagens.
Facebook e Google, da Alphabet, introduziram os bancos de dados este ano para dar detalhes sobre alguns anúncios políticos comprados em seus serviços, uma resposta as alegações de promotores dos EUA de que agentes russos que aparentemente interferiram na eleição presidencial de 2016 compraram anúncios em plataformas online.
De acordo com informações coletadas pela Reuters nos bancos de dados, os 258 anúncios removidos, com datas de início e término de exibição, ficaram disponíveis no Google em média oito dias e 15 dias no Facebook. Os bancos de dados geralmente não dizem por que um determinado conteúdo foi removido e apenas o Facebook mostra cópias de anúncios proibidos.
Com base nos intervalos dos bancos de dados, 436 anúncios foram exibidos até 20,5 milhões de vezes e custam até 582 mil dólares, totalizando uma fração dos milhões de dólares gastos online nessas corridas eleitorais.
O Google afirmou estar comprometido em trazer maior transparência aos anúncios políticos. E o Facebook disse que o banco de dados é uma maneira pela qual a empresa tem de se responsabilizar, "mesmo que isso signifique que nossos erros estejam expostos".
Os dados disponibilizados pelo Google cobrem 54 milhões de dólares em gastos de campanhas nos EUA desde maio e as informações do Facebook respondem por 354 milhões de dólares, de acordo com os bancos de dados.
O número do Facebook é maior em parte porque seu banco de dados inclui anúncios não apenas de disputas federais, mas também de eleições estaduais, questões nacionais e esforços para conquistar votos.