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Facebook busca conteúdo internacional para rival do YouTube

A expansão global representa um risco para a empresa de Mark Zuckerberg

. (Philippe Wojazer/Reuters)

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Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 29 de agosto de 2018 às 16h37.

O Facebook está lançando internacionalmente o Watch, um concorrente de vídeos para o YouTube, e expandindo os incentivos financeiros que estimulam as pessoas a compartilhar conteúdo lá.

Produtores de vídeos de cinco países poderão receber uma porcentagem da receita publicitária proveniente de seu conteúdo em todo o mundo, desde que seus vídeos no Watch sejam suficientemente populares e cumpram os padrões do Facebook, informou a empresa com sede em Menlo Park, na Califórnia. Os incentivos publicitários serão expandidos a outros países no quarto trimestre. Enquanto isso, o Facebook ampliará os gastos com acordos de conteúdo para o website de vídeos para conquistar o público internacional.

“A quantia que estamos investindo nisso obviamente aumentará com o tamanho da oportunidade, e obviamente estamos nos expandindo para todo o mundo”, disse Matthew Henick, chefe de estratégia de conteúdo e planejamento do Facebook, em entrevista.

A expansão global representa um risco para o Facebook. No feed de notícias, os anúncios aparecem separados do conteúdo do usuário. No serviço de vídeo, os anúncios podem aparecer no meio do que o usuário estiver assistindo. Impedir a veiculação de anúncios em vídeos polêmicos tem sido desafiador para o YouTube, que pertence ao Google e é o maior website de vídeos do mundo e o maior concorrente do Facebook Watch. Uma série de escândalos que enfureceram os anunciantes forçou o YouTube a limitar os vídeos que poderiam exibir anúncios e a reformular seu programa de publicidades premium, o Google Preferred.

O Facebook tem enfrentado problemas para policiar o conteúdo em países onde não tem tanta compreensão do idioma ou da cultura local. Fidji Simo, vice-presidente de produto responsável pelo Watch, disse que a empresa criou ferramentas para que os anunciantes não executem promoções para certos tipos de material, como conteúdo violento.

“Todas essas ferramentas estarão disponíveis nesses outros idiomas, e esta é, na verdade, uma das razões pelas quais fará sentido fazê-lo agora”, disse Simo, em entrevista. “Queríamos nos assegurar de poder oferecer todos esses controles.”

Mas é provável que a expansão também gere lucros. A América do Norte continua sendo o maior mercado para a venda de anúncios na internet, mas os mercados de mais rápido crescimento estão na Ásia e na América Latina, segundo a AppNexus. Seis dos 10 vídeos musicais mais populares do YouTube no ano passado estavam em espanhol.

 

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